Facebook altera visual e introduz timeline
O Facebook reinventou-se e introduz alterações profundas a nível de visual e de partilha de conteúdos, criando uma timeline e a interatividade com aplicativos. A rede social criada por Mark Zuckerberg tem como objetivo tornar-se um diário dos seus usuários. “O próximo ano vai ser definido pela profundidade da ligação com os outros, agora que todas as ligações já foram estabelecidas”, afirmou Zuckerberg na conferência de desenvolvedores f8.
A maior rede social do mundo voltou a surpreender e reinventou-se. As novidades estão já a começar a chegar aos usuários de uma forma gradual mas já é possível espreitar para o futuro do Facebook. Na sua apresentação na conferência de desenvolvedores f8, Mark Zuckerberg explicou o conceito por trás das modificações: “Somos mais do que o que fizemos há alguns minutos. Milhões de pessoas escrevem posts há anos e tudo desaparece porque não os conseguiu ver a tempo e perdeu a informação. Isso não acontecerá mais.”
O novo Facebook foi trabalhado durante um ano, de acordo com o seu criador, e tem como conceito mostrar o que verdadeiramente “define o que você é”, ou seja, os posts deixam de aparecer por ordem cronológica, mas por relevância. “O nosso maior desafio foi conseguir colocar todas os posts importantes num espaço só”, afirmou Zuckerberg. A página de entrada vai passar a ser uma linha do tempo (timeline), onde o usuário pode “compartilhar e destacar os seus posts mais memoráveis, fotos e eventos de vida no seu cronograma. É aqui que você pode contar a sua história desde o início”, lê-se na página do Facebook onde se explicam as alterações. Resumindo, a Timeline será “a sua história no Facebook” e divide-se em três grandes áreas: os posts, os aplicativos e a sua informação pessoal.
Visual muito apelativo
O novo Facebook alterou radicalmente o visual, tornando-o bastante mais apelativo. A primeira novidade está desde logo na criação de uma nova fotografia a toda a largura da página, onde se pretende que o usuário coloque uma imagem que melhor o represente. Depois, a página é dividida em duas colunas verticais, com módulos que podem ser costumizados por cada um, pelo que cada timeline será diferente.
O Facebook passa agora a dar importância acrescida ao conteúdo e às atividades de cada usuário. Vai passar a ser possível mostrar o que se está a fazer no momento, o que se fez, com quem se esteve… as possibilidades parecem ser muito grandes.
E como se não bastasse, a experiência social é radicalmente alterada, com a utilização de aplicativos. Se está a ver um filme online e posta essa atividade na sua timeline, qualquer dos seus amigos pode juntar-se a si e vê-lo em conjunto sem sair do Facebook, acontecendo o mesmo com faixas musicais. A integração do Netflix para os vídeos, Kobo para os os livros e Spotify para as músicas permite uma interação muito mais apelativa para os usuários.
Facebook versus Google Plus
As inovações agora apresentadas pelo Facebook juntam-se a uma série de outras que foram sendo introduzidas desde o nascimento do Google Plus, em Junho. Mas estas não são uma resposta ao surgimento da rede social da moda. Uma revolução tão profunda na filosofia do site seria impossível em apenas três meses e Zuckerber afirmou que o Facebook estava a trabalhar na Timeline e restantes alterações há já um ano.
O G+ terá ultrapassado já a marca dos 40 milhões de usuários, apenas três dias após se ter aberto ao mundo e a maioria dos seus usuários gosta da experiência. Com a nova investida do Facebook, as duas redes sociais mostram filosofias diferentes e terão ambas espaço.
Tom Anderson, o homem que criou o MySpace, escreveu um interessante post no Google Plus onde salienta que O Facebook “está sempre a reinventar-se” e que este novo passo “em direção ao futuro” é bom também para o Google Plus: Então, se Facebook está cada vez melhor e melhor, e continua a cumprir a promessa básica de “redes sociais”, como é que isso é bom para o Google +? É bom porque com as mudanças anunciadas hoje, o Facebook torna-se bastante diferente. Eu não diria que o Google+ de hoje é muito parecido com Facebook de hoje. Mas vou dizer, que para ter sucesso no longo prazo, terá que ser diferente. E agora ficou mais fácil ser “diferente”.”
Comentários