O CEO da Cyanogen, Kirt McMaster, tem estado em grande destaque nas notícias ultimamente depois de ter expressado algumas das suas opiniões bastante controversas, tal como o controlo exagerado da Google sobre o Android ou a inabilidade da Samsung em criar um sistema operativo móvel decente.
Mas as suas opiniões não se ficaram por aqui, durante o evento “Next Phase of Android” em São Francisco durante a passada quinta-feira. McMaster clarificou todas as suas anteriores opiniões e divulgou ainda a sua visão para o futuro da Cyanogen, onde o desvio da dependência da Google é essêncial.
Para que não ficassem quaisquer dúvidas sobre as suas opiniões, esta foi a forma como McMaster se introduziu durante o evento: “Eu sou o CEO da Cyanogen. Nós estamos a tentar levar o Android para longe da Google.” Explicou depois que a Cyanogen quer oferecer uma versão do Android que será o mais pura possível, de forma a que os seus parceiros possam criar serviços altamente integrados de uma forma que na atualidade é impossível com o Android da Google.
O CEO da Cyanogen disse que o Google Now é um serviço que se liga directamente ao núcleo do Android de uma forma que nenhum outro serviço externo à Google consegue fazer. Sem qualquer problema, afirmou ainda que o launcher Aviate (criado pela Yahoo, uma das companhias que mostrou interesse em adquirir a Cyanogen) poderia ganhar este tipo de acesso no Android OS, caso se juntassem a este projecto da Cyanogen.
“Ainda mal arranhámos a superfície do que os sistemas móveis podem ser. Hoje, a Cyanogen tem alguma dependência na Google. Amanhã, não terá. Nós não estaremos dependentes em qualquer forma da Google entre três a cinco anos. Irão haver outros serviços que farão o mesmo que os antigos com o Android e depois irá haver algo diferente. Esse é o nosso principal objectivo.”
De momento, a Cyanogen necessita da Google pela sua colecção de serviços, tal como a Play Store, Gmail, Maps, etc. A Google conseguiu até ao momento manter o seu grande controlo sobre o sistema Android através da imposição de certas condições para que as companhias pudessem instalar estes serviços nos seus dispositivos. A Cyanogen quer resolver este grande problema através do trabalho com vários parceiros e suportando várias lojas de aplicações alternativas. Kirt McMaster afirma ainda que a Cyanogen irá ter a sua própria loja de aplicações em 18 meses.
Resta-nos ver quais serão as reacções da Google perante tais afirmações por parte do CEO da Cyanogen, uma vez que irão ainda necessitar do apoio da Google até que todos estes objectivos se materializem.
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