O mercado chinês relevou-se decisivo para o aumento dos lucros da Apple. A marca da maçã aumentou os seus proveitos em 31 por cento, muito à custa da venda do iPhone. Os números relativos ao quarto trimestre fiscal mostram um lucro de 11,1 mil milhões de dólares.
O iPhone é agora o rei absoluto da Apple e a empresa de Cupertino nunca tinha vendido tantos iPhones no trimestre de Verão, tendo conseguido colocar no mercado o número impressionante de 48,04 milhões de unidades, muito acima dos 39,28 milhões de smartphones vendidos no mesmo período do ano passado. Para este sucesso, em muito contribuiu o mercado chinês. A venda de iPhones na China teve um aumento de 87 por cento. E os números impressionam ainda mais quando sabemos que apenas nos últimos três dias do período em análise estavam disponíveis para venda os novos iPhone 6S e iPhone 6S Plus. Ou seja, o grande incremento no número de smartphones vendidos aconteceu num momento em que os consumidores já esperaram por novidades.
Mas nem tudo são boas notícias para a empresa agora liderada por Tim Cook. A Apple depende cada vez mais da venda dos iPhone e este é um mercado que está amadurecido. Além do mais, pela primeira vez desde 2011 a venda dos tablet da marca não superou os 10 milhões. Os iPad ficaram-se pelos 9,9 milhões de unidades vendidas a nível mundial. O sintoma que preocupa os analistas e investidores, principalmente porque a concorrência é cada vez maior.
As expectativas para o último trimestre são assim conservadores, independentemente de o Natal e a já tradicional Black Friday impulsionarem as vendas. O produtos da Apple, principalmente os seus iPhone e iPad irão vender como milho. A questão que se coloca é saber se chegarão para colocar os números ao nível das expectativas. Os analistas esperam 77 mil milhões de dólares de receitas até ao último dia de Dezembro, mas a Apple contrapõe com um número entre os 75,5 e os 77,5 mil milhões de dólares.
Apesar de ser a empresa mundial mais valiosa no mercado bolsista, a Apple enfrenta concorrência de peso e de onde menos esperaria há um ano. A Microsoft lançou-se na concorrência directa aos produtos da empresa da Maçã e o laptop Surface Book nasceu para combater o MacBook Pro, tal como o nome sugere. Além do mais, a Microsoft ganhou notoriedade e um estudo recente coloca-a como a segunda empresa que fabrica produtos que mais encantam os consumidores. Só mesmo a Apple a supera.
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