A estratégia “Human x Car x Home” da Xiaomi deixou de ser um slogan ambicioso para se tornar numa máquina de fazer dinheiro. Os resultados financeiros da empresa para o segundo trimestre de 2025 são a prova de que a aposta na diversificação foi um sucesso retumbante, com a gigante chinesa a apresentar um crescimento explosivo em todas as frentes e lucros que dispararam 75,4%.
Longe vão os tempos em que a Xiaomi era vista apenas como uma marca de smartphones com uma boa relação qualidade/preço. Os números mostram-nos um novo gigante tecnológico que está a competir — e a vencer — em algumas das áreas mais competitivas do mercado.
O sonho elétrico é agora uma realidade lucrativa
A aposta nos carros elétricos, que muitos viam com ceticismo, transformou-se na joia da coroa da empresa. O crescimento de 234% nas receitas deste segmento é a prova de que a Xiaomi não entrou neste mercado para brincar. Com mais de 81.000 veículos entregues só no segundo trimestre e um total que já ultrapassa as 300.000 unidades, a marca está a caminho de tornar esta divisão lucrativa já na segunda metade do ano.
O sucesso imediato do novo SUV, o Xiaomi YU7, que acumulou mais de 240.000 encomendas em apenas 18 horas, é um sinal claro de que os consumidores confiam na marca para além dos smartphones.

Smartphones: uma fortaleza de estabilidade e um ataque ao luxo
Enquanto a aventura elétrica acelera, o negócio-âncora da Xiaomi, os smartphones, continua a ser uma fortaleza de estabilidade. A empresa mantém-se firme no top 3 mundial há cinco anos consecutivos, com um crescimento contínuo que já dura há oito trimestres.
Mas a Xiaomi já não quer ser apenas a rainha da gama média. A sua aposta no segmento premium está a dar frutos, com as vendas de smartphones de topo a representarem já mais de um quarto do total na China. Este é um passo crucial para aumentar as margens de lucro e solidificar a sua imagem como uma marca de luxo.
O ecossistema que alimenta o crescimento
Mas o sucesso da Xiaomi não se mede apenas em carros e smartphones. O seu vasto ecossistema de produtos conectados, que vai desde frigoríficos a tablets, também está a bater recordes de receitas, desafiando a tendência de queda do mercado. O crescimento de 42,3% no mercado de tablets é um exemplo perfeito da força da sua marca.
E o motor que alimenta esta expansão imparável? Um investimento recorde em Investigação e Desenvolvimento, que no último trimestre atingiu os 930 milhões de euros. Este compromisso com a inovação já se materializou no seu primeiro processador de 3 nanómetros, o Xiaomi XRING O1, mostrando que a Xiaomi não só vende tecnologia, como também a cria ao mais alto nível.
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