A Apple arrancou o trimestre com um crescimento de 10 % na receita e Tim Cook não perdeu tempo a sublinhar que a inteligência artificial vai ser cada vez mais central no ecossistema da marca. O CEO garantiu que a empresa está a “aumentar de forma significativa” o investimento em IA e não descarta novas aquisições para acelerar esta estratégia.
Desde o início do ano, a Apple já comprou cerca de sete empresas, todas de dimensão modesta, mas escolhidas a dedo para reforçar talento e propriedade intelectual na área da inteligência artificial. Tim Cook deixou claro que a empresa está aberta a novas compras, caso surjam oportunidades que façam sentido tecnológico e financeiro. Entre os rumores, destaca-se a possível aquisição da Perplexity, uma startup norte-americana focada em pesquisa inteligente.
- Cada aquisição serve para acelerar o desenvolvimento interno, preenchendo lacunas em equipas de software e hardware.
- A possível negociação com a Perplexity mostra que a Apple procura soluções de pesquisa conversacional capazes de integrar-se nativamente no iPhone, iPad e Mac.

Apple Intelligence quer chegar a mais dispositivos
A iniciativa Apple Intelligence, lançada no ano passado, deverá trazer novidades com o iOS 26. O objetivo é integrar algoritmos generativos em serviços já conhecidos — como Fotos, Mensagens ou Mapas — e também em aplicações profissionais, reforçando a ligação entre dispositivos através do iCloud.
No entanto, nem tudo corre sobre rodas. O atraso na evolução da Siri continua a ser apontado como um travão à ambição da Apple. Internamente, quatro investigadores de topo abandonaram recentemente a equipa de IA para se juntarem à Meta, sinalizando dificuldades na retenção de talento especializado.
Apesar do discurso otimista, a Apple tem consciência de que ainda está atrás de rivais como OpenAI e Google em vários domínios da IA generativa. A saída de especialistas para a concorrência evidencia pressões internas e coloca a gestão sob escrutínio, sobretudo quando Tim Cook afirma que a IA é “uma das tecnologias mais profundas do nosso tempo”.
Finanças sólidas e ambição renovada
Apesar dos desafios, a Apple apresenta resultados financeiros robustos e uma estratégia clara para o futuro: investir mais em IA, reforçar equipas e, se necessário, comprar empresas que tragam valor ao ecossistema. O ritmo de aquisições pode aumentar, especialmente se a empresa identificar oportunidades que acelerem o desenvolvimento de novas funcionalidades e serviços.
A mensagem é clara: a Apple não está parada e quer garantir que a inteligência artificial faz parte do ADN dos seus produtos, apostando em inovação, integração e experiência de utilizador.
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