A história da tecnologia está cheia de regressos, mas nem todos são bem-vindos. A Xiaomi parece estar prestes a testar esta teoria, com novas fugas de informação a revelarem que a marca vai ressuscitar uma das suas ideias mais polémicas: o ecrã secundário na traseira de um smartphone. O protagonista desta aposta é o futuro topo de gama, o Xiaomi 16 Pro Max, que, a julgar pelas imagens, não só adota a nomenclatura da Apple como também uma funcionalidade que o mercado já pareceu rejeitar.
Imagens que surgiram na China mostram um dispositivo com um módulo de câmara imponente que atravessa toda a largura do smartphone. Mas o que salta à vista é o pequeno ecrã integrado ao lado das lentes, uma visão que nos transporta diretamente para 2021 e para o seu antecessor espiritual, o Mi 11 Ultra.

Uma ideia familiar com uma nova roupagem
Se esta ideia te soa familiar, é porque é. O Xiaomi Mi 11 Ultra foi pioneiro nesta abordagem, com um pequeno ecrã de 1.1 polegadas na traseira que prometia revolucionar as selfies e a gestão de notificações. A realidade, no entanto, foi bem diferente: a funcionalidade foi vista como uma curiosidade interessante, mas que poucos utilizadores integraram no seu dia a dia. A maioria preferia, simplesmente, virar o smartphone.
Agora, a Xiaomi parece determinada a provar que, desta vez, acertou na fórmula. Os rumores indicam que o novo ecrã será tecnologicamente superior, com tecnologia LTPO para taxas de atualização variáveis, uma resolução mais alta e a capacidade de se manter sempre ligado. A questão que paira no ar é se estas melhorias técnicas serão suficientes para transformar um “gimmick” numa ferramenta verdadeiramente útil.
O cemitério dos ecrãs secundários
A aposta da Xiaomi é ainda mais arriscada se olharmos para o historial da indústria. O caminho da inovação está pavimentado com ecrãs secundários que não vingaram. Longe vão os tempos do Meizu Pro 7 ou do LG V20, com as suas tentativas de reinventar a forma como interagimos com os nossos dispositivos, sem grande sucesso.
Até a Apple, com a sua Touch Bar nos MacBooks Pro, acabou por recuar, percebendo que a maioria dos utilizadores preferia a simplicidade e a funcionalidade das teclas de função físicas. O desafio da Xiaomi não é apenas técnico; é convencer o público de que precisa de algo que, até agora, provou ser mais uma distração do que uma solução.
O que esperar para além do ecrã extra
Apesar da controvérsia em torno do ecrã secundário, o Xiaomi 16 Pro Max promete ser um verdadeiro monstro em termos de especificações. No seu interior, deverá bater o novo e potente processador Snapdragon 8 Elite Gen 2, garantindo um desempenho de topo.
A bateria é outro dos pontos que impressiona, com os rumores a apontarem para uma capacidade massiva de 7.500 mAh, o que, a confirmar-se, o colocaria entre os topos de gama com maior autonomia do mercado.
O lançamento está previsto para o final de setembro, entre os dias 24 e 26, na China. Resta saber se esta aposta arriscada no design será suficiente para conquistar os utilizadores ou se o ecrã traseiro do Xiaomi 16 Pro Max terá como destino o mesmo “cemitério de ideias” onde já repousam os seus antecessores.
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