É uma tradição tão certa como o regresso das aulas em setembro: a Apple apresenta os seus novos iPhones e, poucos minutos depois, a Samsung vai para as redes sociais fazer troça. Este ano não foi exceção. Mal a Apple terminou de apresentar os novos iPhone 17, 17 Pro e 17 Air, a sua grande rival sul-coreana já estava de dedo no gatilho, pronta para disparar uma série de publicações provocadoras que rapidamente se tornaram virais.
O alvo principal? A ausência, mais uma vez, de um iPhone dobrável. Mas a Samsung não se ficou por aí. Desde as “novas” funcionalidades de monitorização de sono até às câmaras, a marca aproveitou para picar a sua concorrente em todos os pontos fracos, numa estratégia de marketing agressiva que já se tornou a sua imagem de marca.
Esta guerra nas redes sociais, no entanto, acontece num momento particularmente interessante. Pela primeira vez, a Apple conseguiu ultrapassar a Samsung em vendas no primeiro trimestre do ano, mesmo com o lançamento da aclamada série Galaxy S25. Este feito abalou o domínio histórico da Samsung e pode explicar por que razão a marca está a ser mais vocal do que nunca. A mensagem é clara: no que toca a inovação, especialmente nos dobráveis, a Samsung acredita que continua a jogar noutro campeonato.

“Continuamos à espera”: a provocação dos dobráveis
A farpa mais afiada da Samsung foi, sem surpresa, dirigida à ausência de um iPhone dobrável. Numa publicação na rede social X, a empresa partilhou um vídeo curto com a legenda “Tic, tac, Apple…”, uma referência clara ao tempo que a gigante de Cupertino está a demorar a entrar neste segmento. A piada não é nova; a Samsung já tinha feito o mesmo em 2022, mas este ano a provocação tem um sabor especial.
A Samsung foi pioneira no mercado dos dobráveis, com o lançamento do primeiro Galaxy Fold em 2019. Desde então, tem vindo a refinar a sua tecnologia, culminando nos recentes e muito bem-sucedidos Galaxy Z Fold 7 e Z Flip 7. A marca sul-coreana domina confortavelmente este nicho, especialmente no mercado norte-americano, onde a concorrência da Motorola, OnePlus ou mesmo da Google ainda não conseguiu fazer mossa. Este domínio dá à Samsung a confiança para se posicionar como a líder indiscutível da inovação no formato.
No entanto, esta liderança pode estar com os dias contados. Os rumores de que a Apple irá finalmente lançar o seu primeiro iPhone dobrável em 2026 são cada vez mais fortes. A Apple é conhecida por não ser a primeira a adotar uma nova tecnologia, preferindo esperar até conseguir apresentar um produto polido e com uma experiência de utilização irrepreensível. Se a história nos ensina alguma coisa, é que quando a Apple entra num novo mercado, redefine as regras do jogo. A Samsung sabe disto, e a sua campanha de marketing pode ser vista como uma tentativa de aproveitar ao máximo a sua vantagem enquanto pode.

Câmaras e funcionalidades “novas”: a Samsung aponta o dedo
Mas a ausência de um dobrável não foi o único alvo. A Samsung aproveitou para ridicularizar algumas das “novidades” do iPhone 17, sugerindo que a Apple está, mais uma vez, a chegar atrasada à festa. A introdução da funcionalidade “Sleep Score” no Apple Watch foi um dos exemplos, com a Samsung a recordar subtilmente que os seus Galaxy Watch já oferecem métricas de sono detalhadas há vários anos.
A nova funcionalidade de tradução em tempo real dos iPhones também não escapou às críticas. A Samsung, que já integra ferramentas de tradução avançadas no seu ecossistema Galaxy AI, deu a entender que a solução da Apple é apenas um passo para apanhar o comboio da inovação que a marca sul-coreana lidera.
As câmaras foram outro campo de batalha. Embora a Apple tenha melhorado o seu sistema fotográfico, com um trio de câmaras de 48 megapíxeis no iPhone 17 Pro, a Samsung não perdeu a oportunidade de comparar estes números com os sensores de 200 megapíxeis que equipam os seus modelos de topo de gama. A mensagem implícita é que, enquanto a Apple faz melhorias incrementais, a Samsung continua a apostar em hardware de ponta que redefine os limites da fotografia em smartphones. São argumentos válidos que, para os fãs do Android, reforçam a ideia de que a Apple, apesar do seu poder de marketing, está muitas vezes um passo atrás em termos de especificações puras.
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