Quando pensas em Pokémon, o que te vem à cabeça? Provavelmente a fórmula clássica que conhecemos e amamos há décadas: viajar pelo mundo, capturar criaturas, treinar uma equipa e lutar para ser o melhor. É uma fórmula de sucesso, mas também previsível. Agora, prepara-te para deitar tudo isso pela janela, porque a The Pokémon Company acaba de anunciar um dos spinoffs mais inesperados e bizarros da história da franquia.
Chama-se Pokémon Pokopia e, à primeira vista, parece o resultado de uma fusão entre o universo Pokémon e o mundo cúbico de Minecraft. Com lançamento previsto para 2026 na nova Nintendo Switch, este jogo abandona as batalhas de ginásio para se focar na construção, na agricultura e em dar forma a um mundo selvagem. E a premissa? Bem, tu controlas um Ditto que assumiu a forma de um humano.
O que é, afinal, o Pokémon Pokopia?
Esquece o teu boné de treinador e a tua mochila cheia de Poké Bolas. Em Pokémon Pokopia, a tua missão não é “apanhá-los todos”, mas sim construir um lar para eles. O jogo começa com uma paisagem vazia e selvagem, e o teu objetivo é transformá-la num paraíso para os Pokémon que lá decidirem viver.
Isto implica domar a natureza, cultivar alimentos e construir abrigos. A grande diferença, e o que torna este jogo inegavelmente um Pokémon, é a forma como realizas estas tarefas. Em vez de usares ferramentas convencionais, vais recorrer aos ataques clássicos dos Pokémon para moldar o mundo à tua volta.
Embora ainda não haja detalhes concretos, podemos imaginar as possibilidades: usar o “Water Gun” de um Squirtle para irrigar as tuas plantações, pedir a um Machamp que use o “Strength” para mover rochas enormes e abrir novos caminhos, ou talvez usar o “Flamethrower” de um Charizard para limpar um terreno (com o devido cuidado, claro). Esta mecânica promete uma interação com o mundo e com os Pokémon como nunca antes vimos, transformando-os em parceiros de construção em vez de meros combatentes.
A união de dois gigantes do mundo dos videojogos
A comparação com Minecraft é inevitável e intencional. Visualmente, Pokopia parece adotar uma estética híbrida: os cenários são estruturados e moldáveis, reminiscente do mundo de blocos da Mojang, mas as personagens e os Pokémon mantêm o seu estilo arredondado e adorável, característico da Game Freak.
Esta fusão de dois dos maiores nomes da indústria é, no papel, uma receita para o sucesso. O jogo pega na liberdade criativa e no ciclo viciante de construção de Minecraft, e injeta-lhe o carisma e o apelo universal de centenas de Pokémon. É uma tentativa clara de capitalizar no género de construção e “cozy games”, que explodiu em popularidade com títulos como Animal Crossing e Stardew Valley.
Um novo rumo para a franquia?
Apesar de ser uma grande surpresa, a aposta em spinoffs que quebram a fórmula não é uma novidade total para a The Pokémon Company. Ao longo dos anos, já tivemos experiências bem-sucedidas que se afastaram do RPG tradicional, como o safari fotográfico de Pokémon Snap ou os dungeon crawlers da série Mystery Dungeon.
Pokémon Pokopia, no entanto, parece ser a experiência mais radical até à data. O seu lançamento em 2026 para a sucessora da Nintendo Switch também sugere que este não é um projeto menor, mas sim uma aposta significativa para a nova geração de consolas da Nintendo. Poderá ser um sinal de que a empresa está disposta a explorar novos géneros de forma mais agressiva, usando a sua valiosa propriedade intelectual para conquistar novos públicos.

A premissa de um Ditto-humano: genial ou estranha?
Não podemos terminar sem falar do elefante (ou melhor, da bolha cor-de-rosa) na sala: o teu personagem é um Ditto a imitar um humano. A descrição oficial diz que o resultado é “fofo e um pouco assustador”, e é precisamente essa estranheza que torna a premissa tão cativante. Será que isto terá implicações na jogabilidade? Poderás assumir a forma de outras criaturas? Ou será apenas um detalhe narrativo peculiar? Seja qual for a resposta, é uma escolha de design corajosa que já está a dar que falar e que confere ao jogo uma identidade única.
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