A poucas semanas do seu esperado lançamento, a família Xiaomi 17 continua a ser alvo de uma avalanche de fugas de informação. Depois de ontem terem surgido detalhes sobre a câmara do modelo Pro, hoje é a vez do topo de gama, o Xiaomi 17 Pro Max, ter os seus segredos fotográficos revelados. E, embora os dois modelos partilhem muito do seu ADN, um pequeno, mas crucial, detalhe na lente de zoom revela a estratégia da Xiaomi para diferenciar o seu telemóvel mais premium.
A nova informação confirma que a Xiaomi não está a apostar em mudanças radicais, mas sim em refinamentos técnicos que, para os entusiastas de fotografia, fazem toda a diferença. O segredo para a superioridade do Pro Max não está em mais megapixéis ou numa quarta câmara, mas sim em algo muito mais fundamental: a capacidade de captar mais luz.
O que é que distingue o Pro do Pro Max?
De acordo com os rumores, os dois modelos partilharão um sistema de câmaras de base muito semelhante, desenvolvido em parceria com a conceituada marca Leica. Tanto o 17 Pro como o 17 Pro Max virão equipados com o mesmo sensor principal de 50 megapixéis e a mesma câmara ultra-grande angular. A distinção, como esperado, surge na câmara teleobjetiva.
Ambos os telemóveis terão uma lente periscópica com um zoom ótico de 5x. No entanto, é aqui que entra o detalhe que justifica o nome “Max”. O modelo Pro terá uma lente com uma abertura de f/3.0, enquanto o Pro Max terá uma abertura significativamente mais ampla de f/2.6.

O que significa, na prática, uma abertura f/2.6?
Para quem não está familiarizado com a terminologia fotográfica, a abertura (representada pelo “número f”) funciona como a pupila do olho humano. Quanto menor o número f, mais “aberta” está a lente, o que lhe permite captar mais luz. E no mundo da fotografia, especialmente em lentes de zoom, mais luz é quase sempre sinónimo de melhores fotos. Esta pequena diferença de f/3.0 para f/2.6 tem três grandes vantagens práticas:
- Melhor desempenho com pouca luz: Lentes de zoom são notoriamente fracas em ambientes escuros. Ao permitir a entrada de mais luz, a lente do Pro Max conseguirá tirar fotografias com zoom de 5x à noite ou em interiores com muito mais qualidade, menos ruído (o “grão” digital) e mais detalhe do que o seu irmão mais novo.
- Menos arrastamento em movimento: Mais luz permite que a câmara use uma velocidade de obturador mais rápida. Isto é crucial para fotografar objetos em movimento à distância, pois ajuda a “congelar” a ação e a reduzir drasticamente o risco de a foto ficar tremida ou com arrastamento.
- Melhor efeito de retrato: Uma abertura maior cria uma profundidade de campo mais curta, o que se traduz num desfoque de fundo (o famoso “efeito bokeh”) mais natural e agradável em retratos tirados com a lente de zoom.
Uma estratégia de diferenciação subtil mas inteligente
Esta abordagem revela uma grande maturidade por parte da Xiaomi. Em vez de adicionar uma câmara macro de baixa qualidade apenas para poder anunciar “mais uma câmara”, a empresa está a focar-se em melhorar de forma significativa um dos componentes mais importantes para os fotógrafos mais exigentes.
Esta é uma diferenciação que talvez passe despercebida ao consumidor comum, mas que será um fator decisivo para os entusiastas que procuram a melhor qualidade de zoom possível e que estão dispostos a pagar mais por isso.
Ambos os modelos virão equipados com o próximo processador de topo da Qualcomm, o Snapdragon 8 Elite Gen 5, que deverá ser anunciado oficialmente na próxima semana. A Xiaomi, como é tradição, parece estar numa corrida para ser uma das primeiras marcas a lançar um telemóvel com o novo processador, com a apresentação da série 17 esperada para antes do final deste mês de setembro.
Outros artigos interessantes:










