Ainda a celebrar o sucesso estrondoso da sua série Xiaomi 17, que vendeu mais de um milhão de unidades em apenas cinco dias, o gigante chinês não está a abrandar. Lu Weibing, uma das figuras de proa da Xiaomi, acaba de confirmar oficialmente que a sua popular submarca, a Redmi, irá apresentar a sua nova linha de topos de gama, a série Redmi K90, já na próxima semana.
Este não é um lançamento de rotina. O anúncio revela uma mudança fundamental na estratégia da Redmi. A nova família será encabeçada por um modelo inédito, o Redmi K90 Pro Max, o primeiro dispositivo da marca a ostentar esta designação. É uma declaração de intenções clara: a Redmi já não quer ser vista apenas como a alternativa mais barata; quer competir diretamente no território dos smartphones premium.
“Pro Max”: mais do que um nome, uma declaração de intenções
Durante anos, a série K da Redmi tem sido a rainha da relação “preço/desempenho”, oferecendo processadores de topo em corpos mais modestos e com alguns compromissos para manter o preço baixo. Com a introdução do K90 Pro Max, essa filosofia parece estar a mudar.
Lu Weibing foi explícito na sua mensagem: a série K “já não é definida pelo preço ou pela hierarquia técnica”. A Redmi está pronta para lutar de igual para igual. Ao adotar a designação “Pro Max”, um nome que o mercado associa ao melhor que a Apple e a própria Xiaomi têm para oferecer, a Redmi está a sinalizar que este novo dispositivo é um topo de gama sem concessões, focado em “desempenho e qualidade de topo” e em “inovação disruptiva”.
O objetivo é atacar o segmento de preço acima dos 4.000 Yuan (cerca de 520€), um território mais premium do que aquele a que a linha K nos habituou.

As “armas” do Redmi K90 Pro Max para a batalha
Para justificar esta nova ambição (e o nome), o Redmi K90 Pro Max virá recheado de tecnologia de ponta, segundo os rumores e as primeiras confirmações.
- O cérebro de um campeão: O coração da máquina será o novíssimo Snapdragon 8 Elite Gen 5, o mesmo processador que equipa a série Xiaomi 17, mais cara.
- Uma câmara periscópica, uma estreia na série K: Pela primeira vez num dispositivo da linha K, a Redmi irá incluir uma lente teleobjetiva periscópica. Esta é uma característica de hardware dispendiosa, até agora reservada aos smartphones fotográficos mais avançados, e que irá conferir ao K90 Pro Max uma versatilidade de zoom sem precedentes na história da marca. A câmara principal será um sensor de 50MP de grande dimensão (1/1.3 polegadas) com estabilização ótica.
- Uma bateria que não acaba: Os rumores apontam para uma bateria massiva com uma capacidade que pode chegar aos 7.500mAh, prometendo uma autonomia extraordinária.
O modelo base, o Redmi K90, seguirá uma estratégia mais tradicional de “flagship killer”, utilizando o processador topo de gama do ano passado, o Snapdragon 8 Elite, para oferecer um desempenho de excelência a um preço ainda mais competitivo.
A linha ténue entre a Redmi e a Xiaomi
Esta nova estratégia da Redmi torna a fronteira entre as marcas do grupo Xiaomi cada vez mais difusa. Com o Redmi K90 Pro Max a ostentar um processador e um sistema de câmaras que rivalizam diretamente com a linha principal da Xiaomi, a canibalização interna parece inevitável.
No entanto, esta é uma estratégia deliberada. Ao criar um portefólio de produtos tão denso e competitivo em diferentes segmentos de preço, a Xiaomi Corporation consegue saturar o mercado, deixando muito pouco espaço para que as marcas rivais consigam respirar. Se um cliente não compra um Xiaomi, a probabilidade de acabar a comprar um Redmi (ou um Poco) aumenta, e o dinheiro acaba por ficar “em casa”.
Com um lançamento antecipado para outubro, em vez do habitual novembro, a Redmi está claramente a aproveitar o momento de sucesso da sua empresa-mãe para lançar a sua própria ofensiva. A batalha pela preferência dos consumidores no final de 2025 acaba de ficar muito mais interessante.
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