A Google lançou o Gemini 3 no início deste mês com a promessa de um salto gigantesco em inteligência e capacidades. O público respondeu em massa, e o resultado foi imediato: a procura explodiu. No entanto, este sucesso trouxe um problema de infraestrutura. Os servidores da Google não estão a conseguir acompanhar o ritmo, o que forçou a empresa a tomar uma medida impopular: reduzir drasticamente os limites de utilização para quem usa a versão gratuita.
O que era suposto ser uma demonstração de força tecnológica transformou-se num exercício de gestão de escassez. A Google atualizou silenciosamente as suas páginas de suporte para refletir estas novas restrições, sinalizando que, durante a época festiva, a inteligência artificial de topo será um recurso limitado.
O “Acesso Básico”: limites que mudam conforme o trânsito
No dia do lançamento, a Google ofereceu aos utilizadores gratuitos um acesso razoável: até 5 prompts (pedidos) por dia no modelo de topo e até 3 imagens geradas pelo novo modelo Nano Banana Pro.
Agora, a regra mudou. A Google introduziu o conceito de “Acesso Básico”. Sob este regime, não há um número fixo garantido. A empresa avisa que os “limites diários podem mudar frequentemente”, dependendo da carga nos servidores da empresa a cada momento.
Na prática, a geração de imagens foi cortada para apenas 2 imagens por dia. A Google justifica a decisão com a “elevada procura” pela edição e geração de imagem, notando que os limites serão reiniciados diariamente, mas podem flutuar.

NotebookLM perde funcionalidades para quem não paga
O impacto estende-se também ao NotebookLM, a ferramenta de produtividade e investigação da Google. As novas e impressionantes funcionalidades de criação de Infografias e Apresentações (Slide Decks), alimentadas pelo Nano Banana Pro, foram “temporariamente revertidas” para os utilizadores gratuitos.
Isto significa que, para aceder às ferramentas visuais mais avançadas, a conta gratuita já não serve. Mesmo os utilizadores Pro estão agora sujeitos a limites adicionais nestas ferramentas específicas, provando que o gargalo está na capacidade de processamento dos modelos de imagem mais pesados.
A solução da Google: pagar para furar a fila
A mensagem implícita nestas restrições é clara: se queres fiabilidade, tens de pagar. Enquanto os utilizadores gratuitos lutam com limites variáveis, os subscritores dos planos pagos mantêm o seu acesso privilegiado:
- Google AI Pro (20 dólares/mês): Acesso a até 100 prompts e 100 imagens por dia.
- Google AI Ultra (200 dólares/mês): Acesso a até 500 prompts e 1000 imagens por dia.
Com a época natalícia a aproximar-se e a procura por ferramentas criativas a aumentar, é provável que estas restrições se mantenham até ao início de janeiro, quando a carga nos servidores aliviar. Até lá, o Gemini 3 gratuito será uma experiência de “acesso limitado”.
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