A corrida desenfreada ao desenvolvimento de Inteligência Artificial está a ter um efeito colateral inesperado e dispendioso: está a “secar” o mercado mundial de memória RAM. Depois de alertas sobre o aumento de preços nos smartphones para 2026, surgem agora indicadores de que a onda de choque vai atingir a indústria dos videojogos, podendo forçar a Sony e a Microsoft a adiar o lançamento das suas consolas de próxima geração.
Segundo informações avançadas pelo site Insider Gaming, os planos para a PlayStation 6 e para a nova Xbox (conhecida internamente pelo nome de código “Magnus”) estão em risco de derrapar. O que estava previsto ser um ano de celebração tecnológica em 2027 pode transformar-se num ano de espera.

A culpa é da IA: escassez gera inflação
A raiz do problema é simples, mas brutal: a lei da oferta e da procura. As grandes empresas tecnológicas estão a comprar quantidades massivas de memória RAM para alimentar os servidores de IA, criando uma escassez global que faz disparar os preços.
Para a Sony e a Microsoft, isto cria um dilema financeiro. As consolas de jogos dependem de grandes quantidades de memória rápida (GDDR) para entregar gráficos de ponta. Se o preço deste componente vital subir drasticamente, o custo de fabrico da consola dispara.
2027 ou 2028? A batalha pelo preço justo
O lançamento original estava apontado para 2027. No entanto, perante a escalada de custos, as duas gigantes enfrentam uma escolha difícil:
- Lançar em 2027: E serem forçadas a colocar as consolas no mercado a um preço proibitivo (possivelmente muito acima dos 600 ou 700 euros), o que prejudicaria a adoção inicial.
- Adiar para 2028: Esperar que o mercado de componentes estabilize para conseguir lançar o hardware a um preço competitivo e acessível para o consumidor médio.
O relatório sugere que a segunda opção está a ganhar força. A Sony e a Microsoft sabem que o preço é um fator decisivo no sucesso de uma nova geração. Adiar o lançamento para 2028 pode ser a única forma de garantir que a PS6 e a nova Xbox não se tornam produtos de luxo inalcançáveis, mas sim plataformas de massas prontas para definir a próxima década de entretenimento.
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