Quando um carro de Fórmula 1 ultrapassa os 300 km/h numa curva, a emoção é sentida por 750 milhões de fãs em todo o mundo.
Por trás de cada ultrapassagem, de cada pole position e de cada segundo de ação, existe uma operação tecnológica colossal, uma corrida contra o tempo onde a velocidade dos dados é tão crucial quanto a dos monolugares.

A Lenovo, parceira tecnológica da F1, revelou os detalhes desta infraestrutura que transforma o desporto mais rápido do mundo num espetáculo global.
O desafio é imenso: capturar, processar e distribuir centenas de terabytes de dados de 24 corridas em cinco continentes, em ambientes que vão de desertos escaldantes a cidades chuvosas. Para o fazer, a F1 depende de uma infraestrutura de TI que viaja com o circo, garantindo que nenhum fã perde um instante, seja em Baku ou em São Paulo.
A infraestrutura no circuito: 60 km de fibra e zero satélites
Em cada fim de semana de corrida, a primeira etapa da operação é a montagem de uma rede local de alta velocidade. São instalados cerca de 60 quilómetros de cabos de fibra ótica por todo o circuito. Esta rede conecta as câmaras, os sensores nos carros e as equipas ao centro de operações local.
A partir daqui, a ligação ao exterior é feita através de duas condutas de dados de dez gigabits cada. Uma das decisões técnicas mais importantes da F1 é não utilizar qualquer transmissão por satélite para o feed principal. A escolha por uma ligação física contínua, apesar da complexidade logística, é justificada por um fator não negociável: a máxima fiabilidade, sem a qual a transmissão global seria impossível.
Tecnologia na F1: de qualquer pista para o Reino Unido num piscar de olhos
Toda a informação gerada na pista é enviada quase instantaneamente para o Centro de Media e Tecnologia da F1 em Biggin Hill, nos arredores de Londres. Utilizando a infraestrutura da Lenovo, os dados e imagens viajam de qualquer parte do mundo para este hub central em menos de um quarto de segundo — literalmente, o tempo de um piscar de olhos.
A latência é tão baixa que a F1 já conseguiu testar com sucesso o controlo remoto das câmaras na pista a partir do Reino Unido, ajustando parâmetros como o zoom e a qualidade à distância. É a partir deste centro nevrálgico que o sinal é processado e distribuído para mais de 180 territórios em todo o mundo.
A escala dos dados: 500 terabytes por fim de semana
A quantidade de informação gerada é astronómica. Em cada Grande Prémio, a infraestrutura da Lenovo processa e transmite cerca de 500 terabytes de dados. Para colocar o número em perspetiva, este volume equivale a assistir a 48 anos de vídeo em alta definição.
Esta operação massiva inclui não só o vídeo, mas também:
- As transmissões de rádio em tempo real de todos os 20 carros.
- A execução de mais de 180 aplicações personalizadas que gerem desde a cronometragem até à logística.
- O processamento de dados para equipas e para a própria F1, alimentado por hardware com IA e computação de ponta (edge computing).
“Cada corrida é um desafio único num país diferente, num novo ambiente e sem margem para erros“, afirma Matt Dobrodziej, Presidente da Lenovo EMEA. “O nosso papel é garantir que os motores de transmissão, dados e tomada de decisões da F1 funcionam com a mesma velocidade e precisão que os próprios carros.”
Conclusão
Enquanto os fãs se focam na velocidade dos carros em pista, uma corrida igualmente impressionante contra o tempo e a distância acontece nos bastidores. A parceria entre a Lenovo e F1 demonstra que uma infraestrutura de TI robusta, escalável e de alta velocidade deixou de ser uma função de suporte para se tornar na espinha dorsal do entretenimento desportivo global moderno.
Para saber mais sobre a Lenovo, visite https://www.lenovo.com
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