Se és fã de cinema, prepara-te para uma novidade de peso. Meses depois de ter abalado a indústria ao comprar a icónica fabricante de câmaras de cinema RED, a Nikon apresentou finalmente o primeiro fruto dessa união: a Nikon ZR. Este não é um lançamento qualquer; é a entrada oficial da Nikon no restrito clube de Hollywood, com uma câmara que promete juntar o melhor de dois mundos.
A nova ZR é uma câmara de cinema de topo de gama que combina a lendária tecnologia de sensores e o codec RAW da RED com a aclamada engenharia de corpos, o sistema de lentes e o foco automático da Nikon. O resultado é uma máquina que pode muito bem redefinir as regras do jogo para os cineastas profissionais.

O melhor de dois mundos num só corpo
A grande promessa da Nikon ZR é a fusão perfeita entre duas filosofias. De um lado, temos a RED, uma marca que revolucionou o cinema digital com os seus sensores de alta resolução e o formato REDCODE RAW, que oferece uma flexibilidade imensa na pós-produção. Do outro, a Nikon, com décadas de experiência a criar corpos ergonómicos, um sistema de lentes Z-mount de qualidade excecional e um dos sistemas de autofoco mais avançados do mercado.
Na prática, isto significa que os diretores de fotografia poderão usar as aclamadas lentes da série Z da Nikon num corpo que grava com a qualidade e a profundidade de cor de uma câmara de cinema profissional. A ZR promete acabar com a necessidade de adaptadores e compromissos, oferecendo uma experiência nativa e otimizada.
Potência de cinema para os mais exigentes
No coração da Nikon ZR está um sensor 8K full-frame com tecnologia global shutter. Para quem não está familiarizado com o termo, isto significa que o sensor lê a imagem toda de uma só vez, eliminando as distorções de movimento (o chamado efeito “jello”) que afetam a maioria das câmaras digitais. É uma característica de topo, essencial para cenas de ação rápidas.
A câmara é capaz de gravar vídeo 8K a uns impressionantes 120 fotogramas por segundo, e 4K a 240 fps, tudo no formato REDCODE RAW. Esta capacidade permite não só obter uma qualidade de imagem cinematográfica, mas também criar efeitos de câmara lenta incrivelmente detalhados e fluidos.

Um design familiar para uma nova era
Apesar de ser uma câmara de cinema, a Nikon fez questão de que a ZR fosse imediatamente familiar para os seus utilizadores. O corpo, desenhado pela Nikon, segue a linha ergonómica dos seus modelos de topo como a Z8 e a Z9, mas com a modularidade que o mundo do cinema exige.
A câmara vem equipada com um ecrã articulado, uma pega superior com entradas de áudio profissionais, filtros ND eletrónicos incorporados (uma funcionalidade muito pedida) e o aclamado sistema de focagem automática 3D-tracking da Nikon. O armazenamento fica a cargo de cartões CFExpress Tipo B e C, garantindo a velocidade necessária para lidar com os ficheiros de vídeo 8K.

Uma nova guerra no cinema digital
Com este lançamento, a Nikon não está a brincar em serviço. A ZR posiciona-se como uma concorrente direta de câmaras como a V-Raptor e a Komodo-X da própria RED, a Burano da Sony e a C500 Mark II da Canon. A entrada de um gigante como a Nikon neste segmento de mercado promete agitar as águas e, espera-se, trazer mais inovação e competitividade.
Embora o preço e a data de lançamento exatos ainda não tenham sido anunciados, é certo que a Nikon ZR não será para todas as carteiras. No entanto, para os profissionais do cinema e da produção de vídeo, esta pode muito bem ser a câmara que estavam à espera: a união perfeita entre a tradição fotográfica e o futuro do cinema digital.
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