A Xiaomi acabou de lançar o seu derradeiro smartphone fotográfico, o Xiaomi 17 Ultra, mas a sua edição mais especial, dedicada aos puristas da fotografia, já se tornou num objeto de desejo inalcançável para muitos. A Xiaomi 17 Ultra Leica Edition, lançada com um design exclusivo inspirado nas câmaras Leica M, esgotou as suas pré-encomendas quase instantaneamente após o anúncio no dia de Natal. E agora, o mercado negro está a aproveitar-se da escassez.
O fenómeno de especulação é imediato e brutal. Mesmo antes de as primeiras unidades físicas serem enviadas para os compradores originais, a edição limitada já está a inundar as plataformas de revenda na China com preços drasticamente inflacionados.
O modelo de topo, com 16 GB de RAM e 1 TB de armazenamento, que tem um preço oficial de 8.999 yuans (cerca de 1.260 dólares), está a ser listado por revendedores por valores que superam os 10.000 yuans. Este “prémio” significativo reflete a exclusividade do produto e a vontade dos colecionadores de pagarem extra para garantirem uma unidade que a Xiaomi produziu em quantidades muito limitadas.

O que torna a Leica Edition tão especial?
Para além da especulação financeira, esta edição foi desenhada meticulosamente para ser o sonho de qualquer fotógrafo móvel, diferenciando-se do modelo “Ultra” normal em aspetos fundamentais de design e software:
Uma homenagem visual às câmaras clássicas
- Design Clássico: O dispositivo apresenta um acabamento de dois tons e ostenta com orgulho o icónico “ponto vermelho” da Leica. A textura e os materiais foram escolhidos para evocar a estética e a sensação tátil das lendárias câmaras rangefinder da marca alemã, transformando o telemóvel numa peça de equipamento fotográfico sério.
- Ergonomia e Manuseamento: A construção foi pensada para quem fotografa. A “pegada” e o equilíbrio do dispositivo visam replicar a estabilidade de uma câmara compacta, incentivando o uso horizontal.
A alma da fotografia no software
A Xiaomi não se limitou à estética exterior. A experiência de utilização foi alterada para apelar aos puristas:
- Controlos Manuais: A interface de câmara foca-se numa experiência mais tátil e manual, dando prioridade aos ajustes de exposição, foco e velocidade, tal como numa câmara profissional.
- “Leica Moment”: Esta edição inclui modos exclusivos de software que não se encontram noutros modelos. Destaca-se a renderização de cor estilo M9, que recupera a ciência de cor de um dos sensores mais amados da Leica.
- Simulação de Filme: Para os amantes do preto e branco, o modo M3 + MONOPAN 50 simula a granularidade e o contraste de películas clássicas.
- Formato 3:2: O dispositivo incentiva o uso do clássico rácio de aspeto 3:2 (o padrão da fotografia de filme de 35 mm), em vez do formato 4:3 ou 16:9 típico dos smartphones.
Este fenómeno de revenda imediata confirma que a Xiaomi conseguiu criar um produto que transcende a tecnologia para se tornar num item de coleção e estatuto, posicionando a marca num patamar de luxo que, até agora, era difícil de atingir para um fabricante de eletrónica de consumo.
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