A LG Electronics confirmou o lançamento da LG Gallery TV, a sua primeira “Art TV” que irá competir diretamente com a Samsung The Frame no segmento de ecrãs de lifestyle. O novo modelo, que estará em exibição na CES 2026 (6 a 9 de janeiro, em Las Vegas), aposta na tecnologia MiniLED 4K, num ecrã mate anti-reflexo e num ecossistema de curadoria artística renovado para transformar a televisão numa peça de decoração dinâmica.

LG Gallery TV aposta na tecnologia MiniLED 4K
Ao contrário das suas linhas OLED premium, a LG optou por um painel MiniLED (QNED) de resolução 4K para a LG Gallery TV, disponível inicialmente nos tamanhos de 55 e 65 polegadas. A escolha do MiniLED visa garantir níveis de brilho superiores, essenciais para exibir arte digital em salas iluminadas, sem o risco de “burn-in” frequentemente associado aos painéis OLED estáticos.
Para reforçar a ilusão de tela de pintura, a LG aplicou um revestimento mate especializado que minimiza reflexos, ajustando automaticamente a temperatura de cor e a luminosidade consoante a luz ambiente. O design segue a lógica “flush-mount”, permitindo que a TV fique encostada à parede sem folgas visíveis, complementada por molduras magnéticas personalizáveis que o utilizador pode trocar para combinar com a decoração.
Ecossistema Gallery+: curadoria e interatividade
A componente de software é central na proposta da LG. A Gallery TV integra o serviço LG Gallery+, que oferece acesso a mais de 4.500 conteúdos visuais, desde obras de arte clássicas e contemporâneas até animações, cenas cinematográficas e arte gerada por IA.
A marca destaca parcerias com curadores e artistas digitais (como Refik Anadol) para criar coleções exclusivas. O modo Gallery ajusta o processamento de imagem através do chip α7 AI Processor 4K para replicar a textura visual das obras originais, prometendo uma fidelidade que vai além da simples exibição de ficheiros JPEG estáticos.
LG Gallery TV vs. Samsung The Frame: a batalha das Art TVs
A entrada da LG neste segmento coloca-a em rota de colisão com a Samsung, que domina a categoria lifestyle desde 2017. A principal incógnita técnica reside na gestão de cabos: enquanto a The Frame usa a caixa One Connect para centralizar ligações e deixar apenas um cabo translúcido para o ecrã, a LG ainda não clarificou se a Gallery TV usará a sua tecnologia sem fios Zero Connect ou uma solução de gestão de cabos convencional.
| Característica | LG Gallery TV (2026) | Samsung The Frame (Ref.) |
|---|---|---|
| Tecnologia de Ecrã | MiniLED (QNED) 4K Mate | QLED 4K Mate |
| Tamanhos Iniciais | 55″, 65″ | 32″ a 85″ |
| Design | Flush-mount, molduras magnéticas | Slim Fit, molduras magnéticas |
| Modo Arte | LG Gallery+ (4.500+ conteúdos) | Samsung Art Store (2.500+) |
| Processador | α7 AI Processor 4K | Quantum Processor 4K |
| Gestão de Cabos | Por confirmar (possível Zero Connect?) | One Connect Box (cabo único) |
Conclusão
A LG Gallery TV chega ao mercado num momento em que a categoria “Art TV” já conta com concorrentes como a Samsung The Frame, a Hisense CanvasTV e a TCL NXTFRAME. A aposta no MiniLED pode ser o diferenciador chave para quem procura brilho e durabilidade em ambientes muito iluminados, onde o OLED (série G da LG) pode não ser a escolha ideal para imagens estáticas prolongadas.
No entanto, o sucesso dependerá da execução física (instalação e cabos) e da qualidade da curadoria do Gallery+. Se a LG conseguir oferecer uma experiência de “arte digital” mais fluida e menos dependente de subscrições agressivas do que a Samsung, poderá converter uma fatia importante do mercado de design de interiores
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