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Novo filme sobre o geocentrismo manipula falas de cientistas

Luiz Guilherme Trevisan Gomes por Luiz Guilherme Trevisan Gomes
17/04/2014 - Atualizado a 05/03/2021
Em Opinião
Manuscrito islandês, escrito por volta de 1750, demonstra o modelo geocêntrico.

Manuscrito islandês, escrito por volta de 1750, demonstra o modelo geocêntrico. 

 

Cientistas renomados afirmam que suas falas foram deturpadas no trailer de um novo documentário que promove o modelo do universo geocêntrico, refutado pela ciência astronômica há mais de 450 anos. Os produtores do filme “The Principle” consideram que a ciência pode estar errada no que diz respeito ao modelo heliocêntrico desenvolvido por Nicolau Copérnico, no século XVI, e aprimorado por cálculos de Johannes Kepler e pela lei da gravitação universal de Isaac Newton, no século seguinte.

De maneira breve, o heliocentrismo descreve o movimento dos corpos celestes como um ciclo de revoluções em torno do Sol. Propôs-se, inicialmente, que o próprio Sol seria o centro do universo, fato que hoje sabemos não ser verdade, tratando-se o Sol de apenas uma das inúmeras estrelas contidas em uma única galáxia das muitas que vagam pelo cosmos. Por outro lado, o geocentrismo é a ideia de que os corpos celestes descrevem órbitas em torno da Terra, o que nos parece intuitivamente quando, por exemplo, vemos o Sol nascer e se pôr ao horizonte diariamente.

O trailer revelado tem sido criticado, principalmente, pelos cientistas entrevistados para a produção do documentário. O cosmólogo e físico teórico da Universidade do Arizona Lawrence Krauss, que figura nessa prévia (assista, em inglês, na janela contida no final deste artigo), acredita que a ideia defendida pelo documentário seja “tão estúpida” que, no final das contas, refletir-se-á sobre seus autores.

Em artigo publicado na revista eletrônica Slate, Krauss relata uma incerteza quanto a ter sido, de fato, entrevistado pelos produtores, e afirma que, caso soubesse das intenções do filme, teria se recusado a participar. Ele conclui que os autores podem ter tido o cuidado de selecionar vídeos seus que caíram em domínio público, ou comprado os mesmos de empresas para as quais Krauss tenha concedido direitos de distribuição de suas entrevistas; uma terceira possibilidade é a de que a produtora responsável pelo documentário tenha fornecido falsos pretextos para entrevistá-lo, caso em que o físico teria assinado um contrato em desconhecimento.

O famoso físico teórico Michio Kaku, do City College de Nova York, foi outro pesquisador a aparecer no trailer. Ele considera que as participações de todos os cientistas foram fruto de uma “edição hábil” de uma série de declarações, apesar de reconhecer que provavelmente autorizou o uso de sua imagem. Entretanto, para Kaku, beira a “desonestidade intelectual” fazer com que as pessoas entrem em debates nos quais elas não querem tomar parte.

Palco de conspirações?

Entrevistado pelo portal LiveScience, Lawrence Krauss considerou a deturpação das suas falas sob ainda outra perspectiva: “As pessoas temem que a ciência ameaçará sua fé, e há duas abordagens: uma é negar os resultados — a ciência — e a outra é fazer mal uso da ciência”. Segundo ele, tais pessoas pensam que, se puderem enganar os cientistas, poderão demonstrar alguma coisa, porém, “com certeza não demonstrarão nada”.

Na mesma linha, o físico Julian Barbour (inserido no contexto do documentário através de citação na descrição do trailer no YouTube) disse ao LiveScience que sua participação no filme parece advir da compreensão errônea de um artigo de 1977 sobre a primeira lei de Newton do qual foi coautor. Britânico, Barbour encaixa o novo documentário na mesma categoria de outro movimento norte-americano: “Existe um bocado de gente no seu lado do Atlântico que não acredita na evolução.”

“Acho que o geocentrismo deve ser o mesmo tipo de fenômeno”, complementou.

Também em artigo na Slate, o astrônomo e entusiasta da ciência Phil Plait faz menção à possibilidade levantada por Barbour:

“O trailer parece defender o Geocentrismo (ele é especificamente mencionado) mas, dado o título, suponho que [os produtores] tentarão frisar um ponto mais amplo de que o próprio Universo foi feito — criado, se preferir — propositadamente para nós. Esta ideia (de modo geral) é chamada de princípio antrópico forte (daí o título) e, enquanto filosofia, não é extremamente informativo. É divertido pensar sobre isso (…) mas, no final, ele sempre se resume a “Deus fez”, o que é bater a porta na cara de exploração e investigação.”

De fato, Robert Sungenis, um dos produtores do documentário, escreveu, entre outros, o livro “Galileo Was Wrong: The Church Was Right” (“Galileu Estava Errado: A Igreja Estava Certa”, em tradução livre), no qual pretendia “dar às Escrituras seu devido lugar e mostrar que a ciência não é tão boa quanto dizem”. Católico, Sungenis possui um histórico de antissemitismo e negação do Holocausto, por exemplo.

Para combater a negação de princípios estudados e atestados pelo método científico há séculos, são necessários maiores entendimento e divulgação de conceitos científicos.

“O que podemos fazer é fornecer as ferramentas, através do nosso sistema educacional”, propôs Krauss, para que as pessoas consigam distinguir as boas das más práticas científicas. “Esses ferramentas incluem o método científico, questionamento cético, evidências empíricas, verificação das fontes, etc.”, conclui.

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Tags: ciênciafégeocentrismouniverso
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Luiz Guilherme Trevisan Gomes

Luiz Guilherme Trevisan Gomes

é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e trabalha como consultor financeiro na Valore Brasil - Controladoria de Resultados. Atualmente, cursa o MBA em Controladoria e Finanças na Universidade de São Paulo (USP). Entusiasta da razão e da ciência, fundou o espaço de divulgação científica Make It Clear Brasil, em 2013.

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