A Apple prepara-se para dar um passo estratégico no fornecimento dos seus próximos iPhone 17 Pro e iPhone 17 Pro Max, ao optar por lançar versões equipadas com ecrãs OLED fabricados pela BOE exclusivamente para o mercado chinês.
Esta decisão surge após a fabricante chinesa ter recebido luz verde para produzir em massa os seus novos painéis, segundo informações avançadas por fontes ligadas à cadeia de produção.
BOE reforça posição, mas enfrenta limitações
Nos últimos anos, a Apple tem confiado sobretudo nos gigantes sul-coreanos Samsung Display e LG Display para o fornecimento dos seus ecrãs OLED, valorizando a sua experiência, eficiência e durabilidade.
A BOE, apesar de ser um dos maiores produtores de ecrãs a nível global, tem enfrentado desafios para igualar a qualidade dos rivais, sobretudo no que diz respeito ao brilho, eficiência energética e longevidade dos painéis.
A relação entre a Apple e a BOE já conheceu altos e baixos. Em 2022, a marca norte-americana suspendeu a colaboração após ter sido detetada uma alteração não autorizada no design dos painéis destinados ao iPhone 13. A BOE, pressionada por dificuldades no fornecimento de componentes e problemas de produção, decidiu alargar a largura dos transístores de filme fino sem o consentimento da Apple, levando à suspensão imediata do fornecimento.

Reintegração progressiva na cadeia de produção
Apesar do incidente, a BOE conseguiu recuperar gradualmente a confiança da Apple. O regresso à cadeia de fornecimento foi feito de forma limitada, com a produção de painéis OLED para o iPhone 14, mas sempre sob uma vigilância apertada e em quantidades reduzidas.
Agora, com a aprovação dos novos ecrãs para o iPhone 17 Pro, a BOE volta a ganhar protagonismo, ainda que com restrições.
Os modelos equipados com estes painéis estarão disponíveis apenas na China, uma estratégia que poderá servir para testar a aceitação do produto e a fiabilidade dos ecrãs junto de um público local mais familiarizado com a marca chinesa.
Estratégia de diversificação e aposta no mercado chinês
Esta decisão reflete a intenção da Apple de diversificar os seus fornecedores e, ao mesmo tempo, reforçar a sua presença num dos mercados mais competitivos do mundo.
Ao apostar na BOE para o iPhone 17 Pro destinado à China, a Apple procura equilibrar custos e garantir uma resposta mais ágil às exigências do mercado local, sem comprometer a qualidade dos modelos comercializados a nível global.
A BOE, por sua vez, vê nesta parceria uma oportunidade para consolidar a sua posição na cadeia de fornecimento da Apple e demonstrar que está preparada para competir com os líderes do setor. O futuro dirá se esta aposta exclusiva se traduzirá numa presença mais forte da BOE nos próximos lançamentos globais da Apple.
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