O Centro Europeu de Combate ao Cibercrime (EC3) da Europol estabeleceu uma parceria com a ESET, a maior empresa europeia de cibersegurança, para combater ameaças digitais de forma mais eficaz. Esta colaboração materializa-se através de uma nova iniciativa desenhada para otimizar a cooperação entre o setor público e privado.
O projeto, denominado Cyber Intelligence Extension Program (CIEP), foi concebido pelo português Gonçalo Ribeiro, atual Chefe de Inteligência Cibernética da Europol. O programa visa criar um canal direto e em tempo real para a troca de dados e conhecimentos, permitindo que a inteligência sobre ameaças se traduza em ações concretas e operações mais eficientes contra redes criminosas.

Como funciona a partilha de informações
A nova estrutura de colaboração vai além dos acordos formais e promove uma integração operacional. Como parte da fase piloto do CIEP, investigadores da ESET, incluindo o seu Chief Research Officer, estiveram na sede da Europol em Haia. O objetivo destes encontros foi alinhar as capacidades de análise da empresa com as necessidades das equipas de investigação da Europol.
Na prática, a colaboração permite que as informações da ESET sobre ameaças específicas sejam usadas para apoiar diretamente as operações em curso. Entre as principais áreas de foco estão:
- Investigações sobre grupos de ransomware.
- Desmantelamento de esquemas de fraude de pagamentos.
- Mapeamento de infraestruturas complexas de cibercrime.
Esta presença física na sede da Europol permite que os especialistas privados compreendam em primeira mão os desafios da cooperação policial transfronteiriça e adaptem a sua contribuição para um impacto máximo.
O objetivo de uma luta contra o cibercrime unificada
A luta contra o cibercrime exige uma agilidade que as estruturas tradicionais nem sempre conseguem garantir. Parcerias público-privadas como a que foi formalizada entre a Europol e a ESET são cruciais para responder à rápida evolução das ameaças. Ao unir a inteligência de ameaças de uma empresa líder de mercado com a capacidade operacional da principal agência policial da UE, cria-se um modelo de defesa mais resiliente.
A ESET possui um longo historial de colaborações bem-sucedidas com autoridades, tendo contribuído para o desmantelamento de ameaças globais proeminentes como Grandoreiro, Lumma Stealer e, mais recentemente, Danabot. O CIEP visa sistematizar e aprofundar este tipo de cooperação, transformando dados brutos em inteligência acionável que pode ser usada para proteger cidadãos e empresas em toda a Europa.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O que é o Cyber Intelligence Extension Program (CIEP)?
O CIEP é um novo programa da Europol desenhado para fortalecer a cooperação com o setor privado. O seu objetivo é facilitar a partilha de informações em tempo real e o envolvimento direto de especialistas de cibersegurança nas operações de combate ao cibercrime.
2. Porque é que a ESET participa nesta iniciativa?
A ESET, enquanto maior empresa europeia de cibersegurança e com um longo historial de cooperação com autoridades globais, foi selecionada para a fase piloto do CIEP. A sua experiência e capacidade de análise de ameaças são consideradas um recurso valioso para as investigações da Europol.
3. Qual o papel do português Gonçalo Ribeiro no projeto?
Gonçalo Ribeiro, na sua função de Chefe de Inteligência Cibernética da Europol (Head of Cyber Intelligence), foi o responsável pelo desenho e conceito do programa CIEP, reforçando o seu trabalho contínuo na modernização da luta contra o cibercrime na Europa.
Conclusão
A formalização da colaboração entre a Europol e a ESET através do programa CIEP representa um passo estratégico para o futuro da segurança digital na Europa. Ao criar um modelo de cooperação mais integrado e dinâmico, esta iniciativa permite uma resposta mais rápida e informada às ameaças cibernéticas, demonstrando que a união de esforços entre o setor público e privado é fundamental para garantir um ciberespaço mais seguro para todos.
Saiba mais sobre a ESET no site oficial.
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