A corrida para criar o telemóvel mais fino do mercado parece ser a nova obsessão dos gigantes da tecnologia. Vimos isso com o novo iPhone Air da Apple e com o Galaxy S25 Edge da Samsung. Normalmente, esta é uma batalha travada no segmento premium, onde os custos de engenharia podem ser justificados por preços elevados. No entanto, uma nova e surpreendente fuga de informação sugere que a Motorola está a planear levar esta tendência para um público muito mais vasto.
O reputado leaker Evan Blass partilhou a primeira imagem promocional do futuro Motorola Edge 70, um telemóvel de gama média esperado para 2026. A imagem não só revela um design vibrante e elegante, como também vem acompanhada de um slogan extremamente ambicioso: “impossivelmente fino e incrivelmente resistente”. Se a Motorola conseguir cumprir esta promessa, poderá ter nas mãos um dos telemóveis de gama média mais desejáveis do próximo ano.
O que nos diz esta primeira imagem?
Apesar de faltarem muitos meses para o seu lançamento oficial, a imagem revelada é de alta qualidade e dá-nos várias pistas importantes sobre a direção que a Motorola está a tomar.
Um design que não tem medo de dar nas vistas
A primeira coisa que salta à vista é a cor. O Edge 70 aparece num vibrante tom de verde, validado pela Pantone, que se destaca da paleta de cores habitualmente sóbria de muitos concorrentes. O design é acentuado por detalhes em amarelo vivo à volta do módulo das câmaras, conferindo-lhe uma personalidade distinta e arrojada.
Para além da cor, a imagem revela um novo botão lateral. Quase de certeza que se trata de uma “Tecla de IA” (AI Key), semelhante à que já vimos no Edge 60 Pro. A sua inclusão no modelo “standard” da série 70 é um sinal claro de que a Motorola está a democratizar as suas funcionalidades de inteligência artificial, levando-as para os seus telemóveis mais acessíveis.

O paradoxo do “fino e resistente”
O aspeto mais intrigante desta fuga de informação é o slogan que a acompanha. A promessa de um dispositivo “impossivelmente fino e incrivelmente resistente” aborda diretamente um dos maiores receios dos consumidores: que um telemóvel elegante e fino seja, por natureza, frágil.
A Motorola parece querer desafiar esta noção. O seu antecessor, o Edge 60, já era um campeão de durabilidade para a sua categoria, ostentando certificações IP68, IP69 e até a norma militar MIL-STD-810H. Se o Edge 70 conseguir manter ou até melhorar estes níveis de resistência, ao mesmo tempo que reduz significativamente a espessura de 7.9mm do seu predecessor, estaremos perante uma proeza de engenharia notável para um telemóvel de gama média.
Embora não seja de esperar que atinja os 5.8mm de um topo de gama como o Galaxy S25 Edge, um corpo com cerca de 7mm, combinado com esta robustez, seria um argumento de venda extremamente poderoso.
Onde é que o Edge 70 se encaixa no mercado?
Esta fuga de informação reforça a estratégia que a Motorola tem vindo a aperfeiçoar: dominar o segmento da “gama média premium“. A marca destaca-se por oferecer dispositivos com uma aparência e uma qualidade de construção de topo de gama, um software limpo e funcionalidades chave bem executadas, tudo a um preço muito competitivo.
O Edge 70 parece ser a personificação desta filosofia. Pega na tendência de design mais quente do mercado premium (a espessura ultrafina) e promete torná-la acessível, sem sacrificar a durabilidade que os utilizadores valorizam.
O início de uma nova e grande família
Este é, muito provavelmente, apenas o primeiro vislumbre da que será uma vasta família de dispositivos. Se a Motorola seguir a sua estratégia habitual, podemos esperar que ao Edge 70 se juntem, ao longo do próximo ano, os modelos Edge 70 Pro, Fusion e Stylus.
Fica no ar a esperança de que a marca traga de volta um modelo “Ultra” a esta nova geração, uma variante de topo que esteve ausente na linha Edge 60. Por enquanto, tudo o que temos é esta imagem, mas ela é suficiente para colocar o Motorola Edge 70 no nosso radar como um dos telemóveis de gama média mais promissores de 2026.
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