Durante anos, a Vivo operou com uma dupla identidade. Na China, os seus smartphones corriam o aclamado OriginOS, uma interface rica em funcionalidades, com um design arrojado e inovador. No resto do mundo, no entanto, a marca oferecia uma experiência de software muito mais simples e genérica, o FuntouchOS. Esta divisão chegou agora ao fim.
A Vivo anunciou oficialmente que irá descontinuar o FuntouchOS nos mercados globais, substituindo-o pelo seu novo e muito mais potente sistema operativo, o OriginOS 6. Baseado no Android 16, este novo software representa um “reboot” completo para a marca a nível internacional. É uma aposta massiva em design, inteligência artificial e desempenho, desenhada para unificar a identidade da Vivo e para a colocar em pé de igualdade com as interfaces mais aclamadas do mercado.

O que é o OriginOS 6 e porque é que é um grande salto?
O OriginOS 6 não é uma simples atualização; é uma filosofia de design e de funcionalidade completamente nova para os utilizadores globais da Vivo. A empresa focou-se em três grandes pilares: uma interface visualmente rica e fluida, uma integração profunda de IA e otimizações de desempenho.
Uma interface que se sente viva (e familiar)
A primeira coisa que vais notar é o novo sistema de animações, o “Origin Animation”. A Vivo promete uma experiência visual muito mais dinâmica, com efeitos de transição desfocados, animações elásticas e um polimento geral que visa tornar a interação com o smartphone mais agradável.
A nível de design, a nova interface introduz elementos translúcidos e de brilho dinâmico, descritos como sendo semelhantes ao “Liquid Glass” da Apple. Mas a inspiração na sua rival não se fica por aqui. O OriginOS 6 introduz a “Origin Island”, a versão da Vivo da famosa Ilha Dinâmica do iPhone. Trata-se de um módulo em forma de pílula no topo do ecrã que exibe informações e controlos em tempo real, como o estado de uma entrega de comida ou a música que estás a ouvir.
A personalização também foi reforçada, com uma nova grelha para o ecrã de bloqueio e pastas que se adaptam dinamicamente à medida que inclinas o smartphone.
A inteligência artificial no centro de tudo
Como seria de esperar em 2025, a inteligência artificial é o grande foco. O OriginOS 6 chega recheado de novas ferramentas de IA, tanto para a produtividade como para a criatividade, incluindo:
- Edição de imagem por IA: Com ferramentas como o “AI Retouch” (retoque), “AI Erase” (apagar objetos) e “AI Image Expander” (expansão de imagem).
- Assistentes de produtividade: Como o “Smart Call Assistant” para gerir chamadas e o “DocMaster” para trabalhar com documentos.
- Integração com a Google: O sistema virá também com melhorias para as funcionalidades base do Android, como o Gemini e o Circle to Search.

Uma nova era de desempenho e eficiência
Por baixo desta nova “pele”, a Vivo promete melhorias de desempenho significativas. O novo “Origin Smooth Engine” otimiza os módulos centrais do sistema, com a empresa a prometer um aumento de 16% na velocidade de abertura de aplicações e uma resposta ao toque 41% mais rápida. A tecnologia “BlueVolt” também foi melhorada para uma maior eficiência energética e estabilidade de carregamento.
O calendário de lançamento: quem o recebe e quando?
A transição do FuntouchOS para o OriginOS 6 será feita de forma faseada, através de uma atualização de software. O processo começa já em novembro e irá estender-se pela primeira metade de 2026.
A primeira vaga, no início de novembro, irá abranger os topos de gama mais recentes, como a futura série X200, o dobrável X Fold5 e o iQOO 13. Nos meses seguintes, a atualização chegará a dezenas de outros dispositivos das séries X, iQOO, V, T e Y, num claro sinal de compromisso da Vivo para com a sua vasta base de utilizadores.
Esta unificação da experiência de software a nível global é um passo de gigante para a Vivo. É a admissão de que, para competir no palco mundial, já não basta ter um bom hardware; é preciso oferecer uma experiência de software igualmente ambiciosa, coesa e inteligente.
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