A Samsung Electronics lançou o “One Shot Challenge”, uma nova campanha global que desafia os utilizadores a abandonarem o hábito de tirar dezenas de fotos iguais para garantir a “imagem perfeita”.
A iniciativa, apoiada pelo fotógrafo britânico Tom Craig, promove a ideia de que basta um único clique para captar o momento, confiando depois nas ferramentas de Inteligência Artificial do Galaxy (Galaxy AI), como a Edição Generativa, para corrigir enquadramentos, remover distrações e aperfeiçoar o resultado final.

A campanha surge em resposta a um estudo europeu encomendado pela marca, que revela que 57% das pessoas sentem que o ato de fotografar as retira do momento que estão a tentar viver, e quase metade (45%) admite sentir pressão para captar a foto ideal.
Com o mote “Capture Less, Live More” (Capture Menos, Viva Mais), a Samsung tenta posicionar a sua IA não apenas como uma ferramenta técnica, mas como um facilitador de bem-estar digital que devolve tempo ao utilizador.
O problema da “ansiedade fotográfica”
Os dados divulgados pela Samsung pintam um retrato de uma geração presa ao ecrã: 73% dos inquiridos afirmam que gostariam de viver mais o momento e preocupar-se menos com as fotos, mas 83% sentem que a necessidade de preservar memórias os impede de o fazer.
Além disso, 86% dos utilizadores já se sentiram frustrados ao rever fotos e encontrar elementos indesejados no fundo, como photobombers (38%), objetos perdidos (33%) ou sombras e reflexos (34%).

Esta tensão entre a vontade de estar presente e a obrigação de registar tudo cria o que a marca chama de “cemitérios de fotos” – galerias cheias de imagens repetidas e nunca vistas, tiradas apenas por segurança. O “One Shot Challenge” ataca este comportamento ao sugerir que a tecnologia já evoluiu o suficiente para garantir que uma única tentativa é, na maioria das vezes, recuperável e aperfeiçoável.
Tom Craig e a Edição Generativa no terreno
Para demonstrar a fiabilidade desta abordagem, a Samsung colaborou com Tom Craig, fotógrafo conhecido pelo seu trabalho na Vogue e Vanity Fair. Num vídeo filmado nas ruas movimentadas de Londres, Craig utiliza um Galaxy Z Fold7 para captar uma única imagem em Piccadilly Circus, removendo depois o trânsito e preenchendo os detalhes em falta com a função de Edição Generativa (Generative Edit).


A ferramenta, que requer ligação à rede e login numa conta Samsung, permite selecionar objetos ou pessoas indesejadas e apagá-los ou movê-los, com a IA a recriar o fundo de forma coerente. “Os nossos smartphones dão-nos o poder de captar momentos importantes, mas é crucial não ficarmos tão presos à procura da imagem perfeita que acabamos por perder o momento completamente”, afirma Craig, sublinhando que a edição posterior permite “resgatar” fotos que, de outra forma, seriam descartadas.
Como participar no desafio
A campanha arrancou a 25 de novembro e convida os utilizadores a partilharem no Instagram as suas próprias fotos “salvas” pela Edição Generativa, utilizando a hashtag #SamsungOneShot. A iniciativa foca-se não na perfeição técnica do disparo inicial, mas na capacidade de transformar uma foto rápida e espontânea numa memória limpa e estética, sem interromper a vivência do evento.
Benjamin Braun, Diretor de Marketing da Samsung Europa, reforça que o objetivo é “encorajar as pessoas a desfrutar dos momentos enquanto tiram ótimas fotos sem esforço”, confiando que a “sua galeria ficará cheia de imagens que realmente adoram”, sem a necessidade de disparos em rajada.
Conclusão
Na minha opinião, o “One Shot Challenge” é uma jogada inteligente da Samsung para humanizar a inteligência artificial, transformando funcionalidades técnicas abstratas (como inpainting generativo) em benefícios emocionais tangíveis: menos stress, mais tempo de qualidade. Ao abordar a fadiga das redes sociais e a ansiedade da perfeição, a marca alinha a tecnologia do Galaxy Z Fold7 com uma tendência crescente de “digital wellbeing”, onde o dispositivo serve para libertar o utilizador, não para o prender.
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