Depois de atravessar um “inverno” tecnológico nos últimos anos, marcado pela queda dos preços das memórias e pela concorrência feroz, a Samsung Electronics está prestes a colher os frutos de uma recuperação espetacular. Segundo relatórios vindos da Coreia do Sul, a gigante tecnológica está a caminho de registar o seu maior lucro operacional trimestral de sempre no quarto trimestre de 2025, atingindo uns impressionantes 20 biliões de wons (cerca de 14 mil milhões de dólares).
Este valor, se confirmado, representará um aumento de 30% face às previsões dos analistas, um sinal claro de que a Samsung não só recuperou, como está a prosperar num mercado transformado pela Inteligência Artificial.

O motor do lucro: a “fome” de memória da IA
O segredo por trás deste sucesso financeiro não está nos smartphones ou nas televisões, mas sim no coração dos servidores que alimentam a revolução da IA. A procura insaciável por memória de alta largura de banda (HBM) por parte de empresas como a Nvidia e a AMD fez disparar os preços de todo o setor de semicondutores.
- Efeito Dominó: A escassez e a procura por HBM arrastaram consigo os preços dos produtos de memória “legado”, como NAND e DRAM, que também viram o seu valor disparar.
- Posição Única: Como a Samsung é um dos poucos fornecedores globais com capacidade para produzir tanto a memória de ponta para IA como a memória convencional para eletrónica de consumo, a empresa está numa posição privilegiada para “fazer dinheiro a rodos”, capitalizando em todos os segmentos do mercado.
2026: um ano ainda mais forte?
Com os preços dos chips de memória sem darem sinais de abrandamento e a procura por IA a continuar a crescer, as perspetivas para 2026 são de novos recordes. A Samsung, com o seu enorme poder de fixação de preços e a sua capacidade de produção (reforçada pelos recentes avanços na tecnologia HBM4 e acordos com a Nvidia), parece ter garantido o seu lugar como uma das grandes vencedoras financeiras da era da Inteligência Artificial.
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