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Ventos sobre o Oceano Pacífico podem ter travado o aquecimento global

Luiz Guilherme Trevisan Gomes por Luiz Guilherme Trevisan Gomes
10/02/2014
Em Ciência

Oceano pacífico visto da estação espacial internacional (iss). Crédito:  nasa





A maioria dos modelos climáticos previu que a tendência de aumento da temperatura da Terra, verificada no final do século passado, se manteria nos dias atuais, já que a emissão de gases de efeito estufa continuou intensa. No entanto, os últimos 13 anos foram de relativa estabilidade na temperatura da superfície do planeta, dando origem ao fenômeno que os pesquisadores denominaram “hiato no aquecimento global”.

Apesar de não terem esperado que o aquecimento se daria de maneira ininterrupta, os cientistas têm, recentemente, apresentado hipóteses que, segundo eles, explicam a cessão — não prevista pelos modelos anteriores — da tendência de aquecimento, como ressalta Matthew England, especialista em clima que trabalha no Centre of Excellence for Climate System Science do Conselho Australiano de Pesquisa: “O fato de que [o hiato] tenha durado 13 anos completos realmente desafiou a comunidade científica a explicar esta incompatibilidade entre modelos e observações”.

England usa períodos como o compreendido entre o ano de 1945 e o final da década de 1970 para ilustrar que ciclos climáticos naturais da Terra têm o poder de desacelerar o aquecimento global. Porém, isto só faz com que os cientistas se apressem na elucidação dos eventos que retardam o aquecimento, dada a grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) que entrou na atmosfera durante as últimas décadas.

Dinâmica dos ventos

Juntos, England e seu pares publicaram uma interpretação da questão do hiato no aumento da temperatura global no periódico Nature Climate Change. Por meio do artigo, os autores reforçam a ideia de que boa parte do aquecimento que, de outra forma, teria atingido a superfície da Terra, submergiu no Oceano Pacífico, hipótese que vem ganhando adeptos na literatura científica climática desde que foi proposta, há alguns anos.

A nova dissertação sugere que o depósito de calor no Pacífico seja motivado pelo aumento dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste, oriundos do deslocamento das massas de ar frio de zonas de alta pressão atmosférica (trópicos) para zonas de baixa pressão (equador).

O fortalecimento dos ventos alísios, que acontece durante a fase negativa do fenômeno conhecido como oscilação decenal do Pacífico, move a água quente em direção ao oeste e altera a circulação no oceano. Promovida pelo vento, a nova configuração de circulação assumida pelo oceano leva ao resfriamento das temperaturas oceânicas na superfície do leste do Pacífico, e à fixação de mais calor no oeste, cerca de 300 metros sob a superfície, explica England.

Gerald Meehl, cientista climático do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos Estados Unidos, coautor do artigo, afirma que o trabalho se alinha a — e expande — projetos prévios, inclusive os seus próprios, no sentido de indicar a oscilação decenal do Pacífico como um fator a se considerar na desaceleração do aquecimento. Os estudiosos encontraram um mecanismo através do qual o Oceano Pacífico tem sido capaz de absorver calor, de forma a “segurar” o aumento das temperaturas na superfície.

“Este artigo defende que, apesar de outros fatores poderem contribuir, de certa forma, para o hiato do começo dos anos 2000, o Pacífico é a principal força motriz na produção da variabilidade climática natural que pode sobrepujar o aquecimento advindo do constante acréscimo dos gases estufa para produzir o hiato”, diz Meehl.

Para testar a tese de que os ventos mais fortes levam à absorção de calor, os pesquisadores inseriram observações do comportamento dos ventos nos seus modelos climáticos; quando executados, estes reproduziram a desaceleração no comportamento da temperatura superficial. “Esta aceleração do vento no Oceano Pacífico é de uma magnitude que pode justificar completamente o hiato, e ela certamente justifica a disparidade entre modelos e observações”, conclui England. Sem descartar a interferência de outros fatores no hiato atual, segundo Meehl, o artigo salienta “a importância dos processos do Pacífico, que podem dar grandes contribuições aos períodos de hiato”.

Entretanto, como todos os ciclos climáticos, a oscilação decenal vai passar da fase negativa para a positiva (tendo sido esta a razão pela qual a temperatura da superfície da Terra tenha disparado a partir do final da década de 1970). Os cientistas não são capazes de prever quando acontecerá essa inversão, porém, quando da sua ocorrência, o calor poderá “reaparecer prontamente”, diz England, pois este não está armazenado no oceano profundo.

England finaliza: “Quando isso ocorrer, é altamente provável que a mudança na temperatura do ar ao redor do planeta será uma de aquecimento relativamente rápido, provavelmente excedendo a taxa de aquecimento dos anos 1980 e 1990”, em virtude da maior quantidade de gases estufa na atmosfera de hoje.

A fotografia – Oceano Pacífico visto da Estação Espacial Internacional (ISS) –  utilizada como imagem de destaque deste artigo é de propriedade da NASA.

Fonte: ClimateWire, via Scientific American

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Tags: aquecimento globalCientistasclimaplaneta
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Luiz Guilherme Trevisan Gomes

Luiz Guilherme Trevisan Gomes

é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e trabalha como consultor financeiro na Valore Brasil - Controladoria de Resultados. Atualmente, cursa o MBA em Controladoria e Finanças na Universidade de São Paulo (USP). Entusiasta da razão e da ciência, fundou o espaço de divulgação científica Make It Clear Brasil, em 2013.

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