É um smarphone potente e equilibrado, que é muito bom naquele que é o seu traço distintivo: a tridimensionalidade.
O LG Optimus 3D recebeu em Portugal o nome LG Maximo 3D para não se confundir com a operadora de telecomunicações. Para simplicar, a partir de agora chamamos-lhe LG 3D. Durante duas semanas levámos o smartphone ao limite e o resultado é mais do que satisfatório, mas há um senão…
Já lá vamos. Comecem0s pelas primeiras impressões. É um smartphone robusto e de linhas convencionais, preferindo a LG inovar apenas no campo tecnológico, ao invés de apresentar um aparelho com um design mais arrojado.
A tela/ecrã de 4,3 polegadas tem o tamanho correto para a visualização de conteúdos, nomeadamente para se verem clips e filmes, o que faz todo o sentido se tivermos em linha de conta que a marca diferenciadora deste smartphone reside exatamente no fato de permitir a visualização de conteúdos 3D sem recurso a óculos.
Caraterísticas técnicas
Geral
- Sistema operacional/operativo – Android 2.2 Froyo
- Memória – 512 Mb RAM, 8 Gb de armazenamento, suporta microSD até 32 Gb
- Processador – ARM Crotex A9 dual-core 1 Ghz
- Rede – 2G e 3G
- Sensores – Acelerómetro / Sensores de Proximidade e Luminosidade / Giroscópio
- Dimensões – 128.8 x 68 x 11.9 mm
- Peso – 168 gramas
Tela/ecrã
- LCD 3D touchscreen capacitivo, Gorilla Glass
- Dimensões – 4.3 polegadas
- Resolução – 480×800 pixel
- Cores – 16 milhões
Câmeras
- Câmera principal – Duas câmeras de 5 Megapixel que possibilitam fotos e vídeos estereoscópicos
- Flash – Led
- Vídeo – HD com Estabilizador, gravação 2D com 1080 pixel; gravação 3D com 720 pixel
- Câmera frontal – sim
Conetividade
- Wi-Fi 802.11 b/g/n, DLNA, Wi-Fi hotspot
- USB 2.0
- Saída HDMI
- GPS
Bateria
- Tipo – Li-Ion 1500 mAh
- Autonomia em conversação – até 13 h (2G) / até 9 h (3G)
Experiência 3D
Vamos então ao que mais nos entusiasmou no LG 3D. Quando em Fevereiro assistimos ao lançamento do smartphone em Barcelona percebemos as potencialidades mas depois da conferência de imprensa fomos mexer no aparelho e ficámos com algumas dúvidas. Nós e, possivelmente, as muitas dezenas que se acotovelavam para conseguir um ou dois minutos com o smartphone na mão…
Pois bem. Depois de duas semanas a testar verdadeiramente o LG 3D as nossas dúvidas foram desfeitas. A marca coreana apostou na tridimensionalidade dos conteúdos como marca distintiva do aparelho e conseguiu resolver bem o problema.
Quer as duas câmeras de 5 megapixel estereoscópicas como a tela/ecrã fazem um bom uso da tecnologia. A reprodução de conteúdos 3D é muito boa na tela/ecrã, surpreendendo a profundidade que consegue, mas a experiência pode ser diferente consoante a pessoa e aconselha-se muita moderação na sua utilização porque a vista rapidamente fica cansada.
Já as duas câmeras fazem um bom trabalho, tanto no vídeo como na foto. O próprio LG 3D traz um tutorial para tirar melhor partido do 3D. É muito simples e o resultado francamente bom.
Mas, como dissemos, há um senão. Sendo a tridimensionalidade a marca distintiva do LG 3D era de crer que a marca apostasse forte na disponibilização de conteúdos. Mas não. Mesmo na LG Smart Wolrd, a loja de apps da marca, contam-se pelos dedos de uma mão as apps, jogos e vídeos disponíveis. Onde consegue mais jogos é no site da Gameloft, que tem um ícone dedicado nos homescreen.
Tutorial 3D
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Um aparelho de topo com SO antigo
O LG 3D é um smartphone de topo, com o processador dual core a dar-lhe força para executar todas as tarefas de forma exemplar. Mas quando o ligámos pela primeira vez tivemos uma sensação estranha… cheirou-nos a mofo…
Cheirou-nos a mofo de uma forma figurada, pois claro. Mas foi essa a impressão que tivemos quando vimos o Android 2.2 Froyo a rodar no Lg 3D. E é uma pena, porque o LG 3D é um smartphone com uma grande capacidade de processamento.
Contatámos a LG que nos disse estar prevista a atualização do SO para o Android Gingerbread, mas que ainda não há data para essa atualização.
A decisão da marca coreana de colocar no mercado o aparelho com o SO Froyo é estranha, uma vez que o LG 3D foi apresentado em Fevereiro deste ano no Mobile World Congress, ao mesmo tempo que o Samsung Galaxy SII. Mas como está prometida a atualização, o LG 3D continua a ser uma boa opção de compra.
O melhor e o menos bom
O melhor deste aparelho da LG é aquilo que o distingue: a tridimensionalidade. Mas não só. Entre as boas surpresas do smartphone está a potência da antena wi-fi que permite acessar à net e a porta HDMI que permite a conexão com televisores.
O menos bom está ligado ao SO utilizado. Mas a resposta da tela não é das melhores que temos tido oportunidade de estudar, apesar de a fluidez dos movimentos ser bastante apreciável. Um ponto em que se nota a velocidade de processamento.
A Lg aposta tudo no 3D, ao ponto de colocar um botão na lateral do smartphone para acesso à zona 3D. Parece-nos uma opção redundante, uma vez que é possível acessar a essa mesma área de conteúdos a partir do primeiro homescreen. Esta opção inviabilizou ter-se um botão físico de disparo da câmera fotográfica, o que é pena.
Para concluir
O que leva alguém a comprar este aparelho específico da gama Lg? A possibilidade de fazer e vizualizar conteúdos 3D, e aí a marca coreana trabalhou bem. Boa resolução e profundidade, com a tridimensionalidade a ser muito eficaz.
Conforto – O LG Maximo 3D é um smartphone que se adapta bem à mão, tornando-se fácil e sua utilização. É um aparelho robusto e com um peso que evidencia essa mesma robustez. os designers da LG tentaram um aparelho o mais fino possível, mas as duas câmeras não ajudam e obrigam mesmo a uma pequena elevação.
No Tech&Net temos opiniões diferentes quanto ao peso que um smartphone deve ter. Há quem veja no peso um sinónimo de bons materiais e quem os prefira o mais leves possíveis. Este LG está na fronteira, agradando os dois lados. É suficientemente leve para uma utilização confortável e pesado que baste para lhe conferir “fiabilidade” de materiais.
Tela/ecrã – Independentemente de outras qualidades que o tornam num aparelho apetecível, as pessoas compram este LG Maximo 3D por duas razões e uma funcionalidade que o tornam diferente de todos os outros aparelhos: A capacidade de reproduzir e fazer fotos e filmes 3D. A LG podia ter descansado à sombra da inovação, mas não o fez: a vizualização de conteúdos 3D é francamente boa, com a profundidade e nitidez dos campos a tornarem fácil a imersão no mundo 3D.
Software – O LG 3D roda sobre uma versão do Android que está claramente desatualizado e que prejudica a experiência que se tem com o smartphone. A LG diz que será feito o upgrade para o Android Gingerbread, mas ainda não há data.
O grande trunfo deste aparelho representa também uma das suas fraquezas. Expliquemo-nos: Existem poucos conteúdos em 3D para podermos tirar partido das potencialidades do LG 3D e mesmo na loja de apps da marca apenas estão disponíveis três títulos.
Câmera – Aqui o correto seria dizer câmeras. As duas câmeras estereoscópicas de 5 megapixels permitem fazer vídeos e tirar fotografias tridimensionais de grande qualidade, desde que os objectos estejam no intervalo de distância aconselhado. É pena não terem mais megapixel. A câmera frontal para vídeoconferências cumpre sem deslumbrar.
Conetividade – Se é verdade que não existem muitos conteúdos externos em 3D, a LG permite-lhe a partilha dos seus filmes e das suas fotografias com um televisor. O LG 3D tem todas as opções de conetividade normais e acrescenta-lhe uma saída HDMI.
Bateria – Não existem milagres e a visualização de conteúdos 3D faz sofrer a bateria, reduzindo drasticamente o seu tempo de vida. Prepare-se para ter de ligar o aparelho à corrente pelo menos uma vez por dia. Este não é um problema da LG e acontece com todos os smartphones quando se puxa pelas suas capacidades.
Sendo um aparelho com caraterísticas de topo de gama (à exceção do SO), na hora da escolha apenas o 3D terá influência decisiva. À venda no Brasil por R$1.999 e em Portugal a 559,90€
O Tech&Net agradece à LG a colaboração prestada
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