Depois de uma apresentação – fora da competição – na 68ª edição do Festival de Cannes, o filme de Mark Osborne, uma adaptação livre do clássico da literatura de Antoine de Saint-Exupéry, vai chegar a Portugal em Dezembro.
Em Cannes, o filme em versão animada, uma história atemporal sobre o valor da amizade, foi aplaudido com lágrimas. Osborne procurou preservar as questões filosóficas suscitadas pela história, mas tenta seguir uma aventura própria, uma viagem guiada pela imaginação.
O livro, geralmente catalogado no género de literatura infantil, é daqueles livros que merece acompanhar o crescimento de uma pessoa: a leitura que se faz dele em criança não é a mesma que se faz em adulto, muito menos a que se faz já com a nossa própria história de vida aos ombros.
A ideia de adaptar a história, colocando uma menina como protagonista e um idoso que lhe conta a história do principezinho, é prova das várias interpretações e dos vários níveis de profundidade que as questões colocadas atingem. Também a quantidade de lágrimas derramadas é proporcional à idade com que é (re)lida a história.
A estreia do filme está prevista, entre nós, para o dia 3 de Dezembro. A versão inglesa contará com as vozes de Rachel McAdams, Jeff Bridges, Paul Rudd, Paul Giamatti, Benicio Del Toro, Marion Cottilard e James Franco.
Saint-Exupery gostaria de ter começado a história desta forma: “Era uma vez um principezinho que vivia num planeta pouco maior do que ele e precisava de um amigo…”
O tempo do filme é agora. O livro é sem tempo. Serve-nos sempre: cada vez mais vivemos num planeta pouco maior que nós e… precisamos de amigos.
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