A Amazon realizou um pedido formal à Federal Aviation Administration a requisitar permissão para utilizar finalmente os seus drones como parte da sua estratégia de passar a entregar encomendas aos seus clientes em 30 minutos, ou menos.
Esta simples acção por parte da empresa americana fez com que as suas acções na bolsa sofressem um aumento de quase 6% durante o dia de ontem (sexta-feira, 11 de Julho).
As primeiras notícias sobre estes planos da Amazon surgiram em Dezembro do ano passado, quando a empresa apresentou através da CBS o seu projecto “60 Minutes”, que tinha como objectivo utilizar drones automáticos para a entrega das suas encomendas.
Numa carta enviada para a FAA na quarta-feira, a Amazon afirma que está a desenvolver veículos aéreos como parte do projecto Amazon Prime Air. Estes veículos aéreos serão capazes de percorrer distâncias a mais de 80 quilómetros por hora e carregar mercadoria com um peso máximo pouco superior a 2 quilogramas.
“Nós acreditamos que os utilizadores irão adorar este sistema e nós comprometemos-nos a tornar o Prime Air disponível para todos os utilizadores a nível mundial assim que nos seja dada permissão para tal”, disse a Amazon na carta enviada para a FAA.
A FAA permite o voo de drones quando integrado em actividades lúdicas, já em situações comerciais este tipo de actividade está totalmente proibida. A Amazon vem assim pedir uma excepção para que possa testar os seus drones em solo americano. Para tentar obter uma decisão em seu favor, a Amazon salientou que qualquer teste realizado seria em propriedade privada da empresa, longe de aeroportos ou áreas com grande tráfego aéreo.
No ano passado a FAA tomou algumas medidas que deram alguma força a estas intenções da Amazon através do anuncio oficial que confirmaria a permissão da utilização de drones nos Estados Unidos a partir de Setembro de 2015, no entanto, esta não seria a primeira vez que a FAA falha um prazo estabelecido.
Até ao momento, apenas dois modelos de drones – Boeing Insitu Group’s ScanEagle e AeroVironment’s Puma – estão certificados para uso comercial, mas apenas no Alaska. Um dos drones é utilizado pela BP na inspeção de tubagens e o outro como suporte de emergência para as equipas de vigilância de vazamento de petróleo e vigilância de vida selvagem.
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