Após alguns anos de espera, os donos de Android em Portugal já podem utilizar o Google Pay para efetuar pagamentos via contactless. O sistema foi criado em 2017, mas somente neste ano ficou disponível em terras lusas. A novidade da empresa norte-americana promete aquecer o mercado de tecnologias contactless, assim como de smartphones, que são os dispositivos mais usados para essa forma de pagamento.
A novidade chega primeiro aos bancos digitais, como o Revolut e o N26, onde os clientes podem já se cadastrar. Para aceder ao Google Pay, será preciso aos utilizadores uma configuração na aplicação do banco. A Revolut, por exemplo, confirmou que basta adicionar o cartão da empresa no sistema disponível na própria app e que, em apenas um poucos segundos, já será possível realizar compras via smartphone.
Uma das principais características do sistema contactless é o uso do telemóvel para realizar pagamentos, sem a necessidade do cartão físico. O Google Pay está disponível apenas para smartphone que se utiliza do sistema Android, já que a Apple possui a própria aplicação de pagamento contactless para os telemóveis com iOS. Assim, os smartphones com Android ganham um novo espaço em Portugal.
Entre as características do sistema está a segurança garantida pela Google. Segundo a empresa, a aplicação não partilha o número do cartão dos clientes durante as vendas, e isso mantém os dados em maior segurança. Fora três anos de espera para que o sistema chegasse em Portugal, já que o país acaba por ficar esquecido tantas vezes quando o assunto é tecnologia para telemóveis.
Maior interesse em telemóveis
A chegada do Google Pay também deve agitar o mercado de smartphones em Portugal, a começar pelo maior interesse das pessoas para se utilizar do sistema de contactless. Apesar da tecnologia já existir nos cartões de débito no país, o uso dela só começou a ganhar força por aqui em 2020. A tecnologia tem como característica principal a maior praticabilidade, pois não é preciso digitar senha ou confirmar qualquer assinatura na máquina de cartão.
Esse interesse nos telemóveis mais equipados também deve abrir portas para outras aplicações que buscam espaço com o público, principalmente no entretenimento digital. As consolas, começam a perder espaço para os smartphones, que possuem cada vez mais opções de videojogos nos dispositivos. Já as plataformas de apostas online como a Bet.pt e a Estoril Casinos sustentam aplicações para dispositivos móveis com jogos de mesa de casino grátis. Algo que também acontece com as plataformas de streamings, como fez a Disney+, que chegou a Portugal neste ano e possui uma aplicação para assistir aos filmes e séries pelo smartphone.
Até mesmo no trabalho remoto é possível usar os telemóveis. Aplicações como o Google Duo e o Zoom são cada vez mais utilizados em smartphone para realizar entrevistas, conferências ou até mesmo reuniões de negócios. No entanto, para se recorrer aos dispositivos móveis neste sentido, é preciso um aparelho com melhor capacidade de memória e até mesmo uma câmara de maior qualidade.
Novos lançamentos
Os smartphones que estão a chegar no mercado vão precisar acompanhar alguns desses requerimentos para agradar os usuários. Por exemplo, as especificações do Samsung Galaxy S21 mostram que até o modelo mais básico da empresa sul-coreana é um topo de gama. Isso deve ser acompanhado por outras gigantes da telecomunicação, como a Apple, a Huawei ou até mesmo a própria Google com o Pixel 5. Assim, este mercado deve ganhar mais novidades e, com o tempo, cada vez mais pessoas interessadas nos dispositivos.
Com um número de utilizadores de smartphones cada vez maior, Portugal começa a ganhar mais espaço com essas tecnologias desenvolvidas para os dispositivos. São mais de 7 milhões de utilizadores em potencial, e isso pode fazer com que o Google Pay e smartphones com Android consigam chamar maior atenção das pessoas. Um quarto dos utilizadores de telemóvel ainda não utilizam smartphones, mas podem mudar de ideia com novidades como essa.
O Google Pay está disponível em Portugal desde o dia 17 de novembro, apenas para quem tem conta em alguns dos vários bancos digitais do país. Essas duas tecnologias trabalham juntas para mudar a banca do país, que por muito tempo ficou com nomes tradicionais. Essa revolução digital, que já acontece em vários cantos do mundo, começa a ficar cada vez maior por aqui também.
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