Nem tudo o que reluz é ouro, e no mundo digital isso é especialmente verdade. A Met Gala 2024 ficou marcada pela confusão entre o genuíno e o falso, graças às imagens deepfake que circularam online. Estas imagens manipulam a aparência de celebridades, convencendo muitos de que estavam a ver algo real.
Este ano, a tentação de partilhar uma imagem rapidamente levou muitos a esquecerem-se de verificar a fonte. Katy Perry não esteve presente na Met Gala, mesmo assim uma imagem falsa sua, num vestido com aplicações florais, tornou-se viral. O mesmo aconteceu com Rihanna, numa imagem com um vestido excessivamente “florido” para a temática do evento.
Mas afinal, o que é um deepfake? É uma imagem (ou vídeo) gerada através de inteligência artificial e que parece extremamente real. A tecnologia avançou ao ponto de ser quase impossível distinguir o real do falso.
Nem todas as imagens falsas da Met Gala foram deepfakes, mas serviram para nos lembrar das facilidades de manipulação que a tecnologia permite. Até mesmo a Zendaya gerou confusão — esteve realmente presente duas vezes com looks diferentes? Afinal, sim, mas a rapidez com que as imagens circulam não dá muito tempo para nos certificarmos da realidade do que vemos.
Como podes evitar ser enganado?
Não partilhes nada em que não tenhas 100% de certeza. Procura as mesmas imagens noutras fontes de confiança, por exemplo, nas redes sociais de celebridades ou publicações estabelecidas na área da moda. Fixa-te em detalhes; por vezes os cenários são ligeiramente diferentes, ou a qualidade da imagem tem alguma falha que denuncia a manipulação.
A Met Gala é um evento onde brilham estrelas internacionais como Rihanna. A cantora até prometeu que estaria presente este ano, tendo pintado o cabelo de rosa para a ocasião. Mas as doenças têm outros planos, e Rihanna viu-se forçada a faltar ao evento por motivos de saúde. Mesmo assim, uma suposta imagem dela num vestido pouco inspirado foi partilhada milhares de vezes.
Apesar do vestido floral pouco convincente (para uma Rihanna conhecida pelo seu estilo arrojado), as pessoas acreditaram. Isto mostra como a vontade de ver as nossas celebridades favoritas em eventos tão badalados nos pode levar a acreditar em informação falsa sem pensar demasiado.
A tecnologia vai continuar a surpreender
Por um lado, temos uma certa sede em querer ver todas as celebridades nos eventos mais mediáticos. Esse desejo é facilmente explorável pelas tecnologias mais recentes, que permitem criar imagens falsas cada vez mais convincentes. Mas vale lembrar que a intenção por detrás dessas imagens nem sempre é inocente, podendo ser usadas para espalhar desinformação e gerar caos.
É cada vez mais importante estar alerta a tudo o que vemos online. Afinal, se as celebridades podem ser vítimas das deepfakes, também nós podemos. Vale a pena dedicar uns segundos a questionar a veracidade de uma imagem antes de a partilhar. É preferível esperar um pouco e ter certeza, do que contribuir para a confusão digital.
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