A gigante do streaming musical está a desenvolver um nível de subscrição premium adicional, direcionado a utilizadores que procuram uma experiência enriquecida. Batizado provisoriamente como Music Pro, este novo escalão inclui ferramentas de edição de áudio, acesso prioritário a bilhetes de concertos e qualidade sonora superior.
Segundo fontes próximas ao projeto, estas são as principais novidades em teste:
- Áudio de alta resolução: Qualidade de transmissão melhorada para sistemas de som sofisticados
- Ferramentas de remistura com IA: Capacidade de combinar faixas de diferentes artistas
- Vantagens em eventos ao vivo: Acesso antecipado a bilhetes e lugares VIP em concertos
O preço base será de 5,99 dólares mensais nos EUA, funcionando como complemento às subscrições atuais. Para mercados emergentes, a empresa estuda valores mais acessíveis. A decisão surge após três anos de desenvolvimento, desde o anúncio inicial do serviço HiFi em 2021.

Estratégia para fidelizar super-utilizadores
Esta camada adicional responde a uma mudança na estratégia comercial. Dados internos revelam que 70% do gasto em música digital provém de ouvintes altamente comprometidos. Daniel Ek, CEO da Spotify, já havia sugerido em comunicações anteriores a necessidade de “níveis de preço mais flexíveis”.
A tabela seguinte compara os planos existentes com a proposta Music Pro:
Característica | Plano Individual | Music Pro (add-on) |
---|---|---|
Preço nos EUA | $11.99/mês | +$5.99/mês |
Qualidade de áudio | Até 320 kbps | Lossless |
Ferramentas criativas | Não | Sim |
Desafios técnicos e legais
A implementação enfrenta obstáculos complexos:
- Acordos com editoras: Negociações prolongadas para licenciamento de conteúdos em alta resolução
- Direitos autorais: Mecanismos para evitar uso indevido das ferramentas de remistura
- Infraestrutura: Aumento da largura de banda necessária para streaming sem perdas
Fontes da indústria musical confirmam que estas discussões estão “numa fase crítica”, com previsão de conclusão até ao terceiro trimestre de 2025.
Impacto no mercado de streaming
Analistas apontam três possíveis efeitos desta mudança:
- Segmentação de público: Criação de ofertas diferenciadas por região geográfica
- Pressão sobre concorrentes: Serviços como Apple Music e Tidal poderão rever seus modelos
- Novas receitas: Monetização de funcionalidades para além do catálogo musical básico
A equipa de desenvolvimento mantém silêncio sobre datas exatas de lançamento, mas documentos internos sugerem testes beta em mercados selecionados ainda este ano. Enquanto isso, os utilizadores do plano familiar (atualmente a $19.99/mês) questionam-se se verão benefícios adicionais sem custos extras.
Esta aposta arriscada poderá redefinir o valor percebido dos serviços de streaming, transformando plataformas de distribuição em ecossistemas multimodais. Resta saber se os ouvintes estarão dispostos a pagar quase 50% a mais pela experiência completa.
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