A China volta a surpreender o mundo da tecnologia com o lançamento do Manus, um agente de inteligência artificial (IA) desenvolvido pela startup Monica. Este novo assistente virtual promete ir além das capacidades dos chatbots tradicionais, executando tarefas complexas de forma autónoma em diversos domínios.
Como funciona o Manus?
O Manus destaca-se pela sua capacidade de realizar tarefas completas a partir de uma única instrução. Imagina que pedes um relatório detalhado sobre o aquecimento global. Em vez de simplesmente gerar texto, o Manus:
- Realiza pesquisas aprofundadas
- Compila dados relevantes
- Redige conteúdo abrangente
- Cria gráficos e elementos visuais interativos
- Compila tudo num produto final
Tudo isto sem necessitar de intervenção adicional do utilizador.
Versatilidade e autonomia impressionantes
O que distingue o Manus de outros sistemas de IA, como o Operator da OpenAI ou o Gemini Deep Research da Google, é a sua versatilidade e autonomia. O Manus opera como um sistema totalmente autónomo, capaz de executar fluxos de trabalho complexos de forma independente.
Para alcançar este nível de desempenho, o Manus utiliza uma arquitetura multi-agente que combina vários modelos de linguagem de grande escala (LLMs). Podes imaginá-lo como um executivo que gere agentes especializados, cada um responsável por diferentes aspetos de tarefas complexas.
Funcionalidades que impressionam
- Operação assíncrona baseada na nuvem: Uma vez atribuída uma tarefa, o Manus continua a processá-la de forma independente na nuvem, mesmo que desligues o teu dispositivo. Receberás uma notificação quando a tarefa estiver concluída.
- Aprendizagem adaptativa: Quanto mais utilizas o Manus, melhor ele compreende as tuas preferências e adapta os resultados em conformidade.
- Interação em tempo real: O Manus navega ativamente em websites, captura ecrãs para revisão posterior e regista a atividade de navegação.
- Criação de ficheiros: Pode criar documentos descarregáveis, como PDFs ou folhas de cálculo, com base nos teus pedidos.
O impacto do Manus no cenário da IA
Desde o seu lançamento a 6 de março, o Manus tem estado disponível apenas através de um acesso web por convite. No entanto, já captou a atenção global ao superar o DeepResearch da OpenAI no benchmark GAIA, um importante indicador de capacidades de resolução de problemas do mundo real.
Esta demonstração impressionante de capacidades tem levado muitos especialistas a considerar o Manus como o “segundo momento DeepSeek” da China, referindo-se ao impacto significativo que outro assistente de IA chinês teve recentemente no campo da tecnologia.
À medida que o Manus continua a evoluir, fica atento às novas possibilidades que este agente autónomo poderá trazer para a colaboração entre humanos e máquinas. O futuro da IA parece cada vez mais promissor e, com inovações como o Manus, estamos a assistir a uma verdadeira transformação na forma como interagimos com a tecnologia.
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