A Palo Alto Networks confirmou a aquisição da empresa israelita CyberArk, num negócio avaliado em 25 mil milhões de dólares (cerca de 22 mil milhões de euros), que marca a entrada formal da gigante da cibersegurança no segmento de segurança de identidade.
A transação, anunciada em 30 de julho de 2025, posiciona a empresa para responder aos novos desafios impostos pela inteligência artificial e pela proliferação de identidades não humanas.

Com esta aquisição, a Palo Alto Networks não só realiza o seu maior investimento até à data, mas também estabelece a segurança de identidade como um novo alicerce da sua plataforma de cibersegurança, preparando-se para o que considera ser a próxima era da segurança na era da IA.
O que muda com a aposta na segurança de identidade
A aquisição da CyberArk transforma a Palo Alto Networks de uma empresa historicamente focada em firewalls e segurança de rede para um fornecedor de plataformas integradas.
A principal motivação é a crescente convicção de que a identidade se tornou a principal superfície de ataque nas organizações modernas.
A integração das tecnologias da CyberArk, líder em Gestão de Acessos Privilegiados (PAM), permitirá à Palo Alto Networks oferecer uma proteção unificada que abrange todos os tipos de identidades:
- Humanas: Colaboradores, parceiros e clientes.
- Máquinas: Servidores, aplicações e dispositivos IoT.
- Agentes de IA: Sistemas autónomos que executam tarefas e acedem a dados.
A estratégia visa garantir que cada identidade possua apenas os privilégios estritamente necessários, no momento certo, um conceito conhecido como “just-in-time access” e “zero standing privilege”. Esta abordagem é fundamental para mitigar riscos em ambientes cloud e híbridos, onde os perímetros de rede tradicionais já não existem.
Impacto da cibersegurança de IA no futuro do mercado
A decisão de investir na CyberArk está diretamente ligada à evolução da cibersegurança de IA. Enquanto a inteligência artificial acelera a capacidade dos atacantes para criar ameaças mais sofisticadas e rápidas, também gera uma explosão no número de identidades de máquinas e agentes autónomos que precisam de ser geridos e protegidos.
O CEO da Palo Alto Networks, Nikesh Arora, destacou que a empresa entra no mercado de identidade num momento decisivo, para criar uma plataforma de segurança preparada para os próximos 12 a 18 meses de avanços tecnológicos.
Este negócio intensifica a concorrência com outras gigantes tecnológicas, como a Microsoft e a CrowdStrike, que também investem fortemente em soluções de segurança de ponta a ponta.
Para as empresas, a consolidação de ferramentas de segurança de identidade e de rede numa única plataforma pode simplificar a gestão e melhorar os resultados de segurança, ao fornecer uma visão integrada sobre ameaças e acessos.
A transação deverá estar concluída na segunda metade do ano fiscal de 2026 da Palo Alto Networks, após as aprovações regulatórias.
Conclusão
A compra da CyberArk pela Palo Alto Networks é mais do que uma das maiores transações do setor; é um sinal claro de que o futuro da cibersegurança será definido pela capacidade de proteger identidades de forma inteligente e automatizada.
Ao integrar a liderança da CyberArk em acessos privilegiados, a Palo Alto Networks procura construir uma plataforma de segurança completa para a era da inteligência artificial, respondendo de forma proativa a um cenário de ameaças em constante evolução.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Qual o valor e os termos do negócio?
2. Porque a segurança de identidade é tão importante agora?
A segurança de identidade tornou-se crítica porque a maioria das violações de dados envolve credenciais comprometidas. Com a transformação digital, o trabalho remoto e o uso crescente de IA, o número de identidades (humanas e de máquinas) aumentou exponencialmente, tornando a sua gestão e proteção um dos maiores desafios da cibersegurança atual.
Quem é a CyberArk?
A segurança de identidade tornou-se crítica porque a maioria das violações de dados envolve credenciais comprometidas. Com a transformação digital, o trabalho remoto e o uso crescente de IA, o número de identidades (humanas e de máquinas) aumentou exponencialmente, tornando a sua gestão e proteção um dos maiores desafios da cibersegurança atual.
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