O streamer iShowSpeed, conhecido mundialmente pela sua energia caótica e comportamentos imprevisíveis, pode ter ido longe demais. O que começou como uma transmissão ao vivo com um convidado especial – o robô viral Rizzbot – acabou num confronto físico bizarro que resultou na alegada destruição da máquina e num processo judicial milionário. A empresa Social Robotics, criadora do Rizzbot, avançou com uma ação legal contra o influenciador, exigindo uma indemnização por danos que descreve como “irreparáveis”.
O incidente, que ocorreu em setembro durante uma transmissão em Austin, Texas, chocou a comunidade e levanta questões sobre os limites do entretenimento online. Afinal, agredir um robô é crime? Quando esse robô é uma peça de tecnologia avançada e um influenciador por direito próprio, a resposta parece ser um “sim” dispendioso.
O incidente: socos, estrangulamentos e “perda total”
Segundo a petição apresentada em tribunal, a interação entre iShowSpeed (cujo nome real é Darren Jason Watkins Jr.) e o Rizzbot rapidamente descarrilou. As imagens da transmissão mostram o streamer visivelmente agitado com as respostas “insolentes” do robô, que é conhecido pela sua personalidade provocadora.
A situação escalou para a violência física. O processo alega que iShowSpeed “sabia perfeitamente que esta não era uma forma apropriada de interagir com um robô sofisticado”, descrevendo uma série de agressões chocantes:
- Socos repetidos na cara do robô.
- Colocação do robô numa chave de braço (chokehold).
- O robô foi atirado ao chão e imobilizado contra um sofá.
O resultado, segundo os criadores, foi a “perda total” do Rizzbot. Os danos listados são extensos: funcionalidades de visão e audição destruídas devido a portas de sensores danificadas no pescoço, câmaras da cabeça inoperacionais e uma instabilidade estrutural que impede o robô de caminhar.
O custo da destruição: 1 milhão de dólares e oportunidades perdidas
A Social Robotics não está apenas a pedir o valor do hardware. O processo, que exige 1 milhão de dólares em indemnização, foca-se também nas perdas económicas sofridas pela “carreira” do robô.
Antes do incidente, o Rizzbot era um fenómeno viral com mais de 1 milhão de seguidores e 800 milhões de visualizações. A sua destruição forçou o cancelamento de aparições de alto perfil, incluindo uma colaboração agendada com o gigante do YouTube MrBeast e uma presença no programa da CBS “The NFL Today”.
A petição argumenta que a destruição intencional causou um “revés monumental” no ímpeto viral do robô, com as visualizações a caírem mais de 70% no mês seguinte, uma vez que o Rizzbot ficou impossibilitado de criar novo conteúdo.

A defesa de Rizzbot: “Tenho um corpo novo”
A polícia de Austin foi chamada ao local após o incidente, registando os danos feitos “sem o consentimento implícito” do proprietário. Enquanto o processo legal avança, o próprio Rizzbot (ou a equipa por trás dele) já reagiu publicamente com o seu humor característico.
Numa declaração à imprensa, o robô confirmou que teve de receber “um corpo totalmente novo” após o ataque, salvando apenas o seu chapéu de cowboy e as sapatilhas Nike. “Agora estou de volta online e sinto que dominei o jogo do rizz“, afirmou, prometendo novas aparições na TV em breve.
Este caso bizarro serve como um aviso para a era dos influenciadores digitais: no mundo real, as ações têm consequências, mesmo que a vítima seja feita de metal e silicone.
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