Se abriste o YouTube recentemente e deste por ti a clicar no botão errado por hábito, não estás a ficar louco. A plataforma da Google fez mais uma alteração discreta à sua interface, trocando a posição de dois dos separadores mais importantes da barra lateral. A mudança, que parece ter sido feita sem aviso prévio, está a gerar uma onda de críticas por parte da comunidade, que a classifica como “inútil” e disruptiva para a memória muscular de anos.
A alteração foca-se na inversão das posições entre o separador “Subscrições” e a secção “Tu” (a área pessoal onde encontras o histórico e as playlists).

O que mudou? A troca que ninguém pediu
Durante muito tempo, a hierarquia na barra lateral do YouTube era clara. A secção “Tu” ocupava uma posição de destaque, com as “Subscrições” a aparecerem logo abaixo. Com a nova atualização, a ordem foi invertida:
- Antes: “Tu” em cima, “Subscrições” em baixo.
- Agora: “Subscrições” em cima, com a secção “Tu” relegada para baixo.
Pode parecer um detalhe insignificante, mas para milhões de utilizadores que navegam na plataforma diariamente, esta alteração quebra automatismos enraizados. As reações em fóruns como o Reddit não se fizeram esperar, com utilizadores a descreverem o novo layout como “horrível” e “confuso”.
A crítica principal é que a nova organização cria uma lista visualmente desarrumada logo no topo da barra lateral, mostrando a lista de canais subscritos antes das ferramentas pessoais do utilizador, algo que muitos consideram menos prioritário para a navegação rápida.

A “appificação” da web e a fadiga das mudanças
Muitos utilizadores especulam que esta mudança faz parte de um esforço da Google para alinhar a experiência do site desktop com a da aplicação móvel, numa tentativa de uniformização que nem sempre funciona bem em ecrãs maiores. “Parece que estão a tentar tornar o site mais parecido com uma app”, lamentou um comentador.
Esta alteração surge num momento de crescente “fadiga de interface” na comunidade do YouTube. Os utilizadores sentem que a empresa está constantemente a realizar experiências A/B e a “partir” funcionalidades que funcionavam bem (como o recente desaparecimento das datas de publicação em alguns vídeos), sem oferecer melhorias reais na usabilidade.
A comunidade contra-ataca com extensões
A frustração é tal que muitos utilizadores não estão a esperar que a Google reverta a mudança. Em vez disso, estão a virar-se para soluções da comunidade.
Extensões de navegador de terceiros, como Stylus, Unhook e YouTube Tweaks, estão a ser usadas para forçar o site a voltar ao seu aspeto original. Alguns utilizadores chegaram ao ponto de usar o ChatGPT para escreverem scripts de código personalizados para corrigir o layout através destas extensões.
Resta saber se esta é uma mudança permanente ou apenas mais um dos muitos testes da Google. Mas, para já, a mensagem dos utilizadores é clara: “se não está estragado, não arranjem”.
Outros artigos interessantes:










