Os consumidores portugueses assumem-se como os mais stressados com as compras de Natal 2025 entre sete países europeus. Segundo o estudo ConsumerSignals Holiday Survey 2025 da Deloitte, embora a pressão financeira seja real, Portugal destaca-se pela rápida adoção de Inteligência Artificial para gerir a época festiva.

A análise indica que 40% dos portugueses consideram as compras de Natal uma fonte direta de stress, o valor mais elevado da amostra. Em contraste, os consumidores dos Países Baixos revelam níveis de pressão significativamente mais baixos. Para João Paulo Domingos, líder da indústria de Consumer na Deloitte, estes dados refletem que, além dos desafios económicos, esta época tem um impacto emocional considerável.
Natal 2025: orçamento e consumo consciente
Apesar da ansiedade, 25% dos portugueses planeiam gastar mais em 2025, superando a média europeia de 23%. Este aumento é liderado pela faixa etária dos 18 aos 34 anos. No entanto, a principal razão para a subida de custos é o aumento dos preços dos presentes.
Portugal distingue-se também por um movimento de consumo consciente:
- Decisão intencional: 31% dos portugueses querem reduzir os gastos para diminuir o consumo, valor muito acima da média europeia de 20%.
- Cortes estratégicos: As viagens de lazer (17%) e a restauração (16%) são as áreas mais sacrificadas.
- Resiliência das tradições: Receber convidados em casa e investir em decoração são hábitos que os portugueses procuram preservar.
A ascensão da IA no planeamento
Portugal afirma-se como um dos mercados mais recetivos a soluções digitais. O uso de IA generativa para planear compras já atinge 19% dos consumidores nacionais, um valor semelhante ao do Reino Unido.
- Adesão tecnológica: O uso de IA é maior entre os jovens (24%), mas já é uma realidade para 11% dos consumidores com mais de 55 anos.
- Menor resistência digital: Apenas 21% dos portugueses não utilizam qualquer ferramenta digital de planeamento, contrastando com os 38% registados em França ou na Alemanha.
Conclusão
A análise da Deloitte revela um consumidor português resiliente mas pressionado. O cenário para 2025 mostra uma transição para um consumo mais estratégico e tecnológico, onde a IA generativa surge como uma ferramenta para mitigar o stress e otimizar orçamentos num contexto de incerteza económica.
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