Uma investigação desenvolvida pela American Academy of Orthopaedic Surgeons concluiu que a administração de células estaminais após cirurgia ao menisco tem efeitos benéficos no alívio da dor e no processo de regeneração desta cartilagem. O estudo envolveu 55 doentes, com idades compreendidas entre os 18 e 60 anos, submetidos a uma intervenção cirúrgica de remoção total ou parcial de menisco rasgado, uma das lesões desportivas mais frequentes em todo o tipo de atletas, sejam amadores ou profissionais.
“A eficácia da aplicação de células estaminais no tratamento das lesões desportivas mais comuns, como as que afetam o menisco, tem vindo a ser comprovada ao longo dos anos. Existem, resumidamente, três formas de obtenção deste tipo de células: medula óssea, sangue periférico e/ou gordura do próprio paciente ou através da criopreservação das células estaminais do tecido do cordão umbilical. Os dois primeiros métodos são invasivos, dolorosos e apresentam um risco de infeção para o dador. A criopreservação das células estaminais – um processo não invasivo, indolor e sem qualquer risco para a mãe e para o recém-nascido – é, assim, a opção mais segura e aconselhável para a obtenção desta mais-valia terapêutica”, explica Patrícia Cruz, Diretora da Cytothera.
O estudo da American Academy of Orthopaedic Surgeons dividiu os doentes em três grupos: o primeiro grupo recebeu um dose de 50 milhões de células estaminais mesenquimais após uma semana da operação; ao segundo grupo foi administrado uma dose de 100 milhões; e o grupo de controlo recebeu apenas placebo. Os resultados finais demonstraram que os grupos a quem foram administradas células estaminais mesenquimais obtiveram um aumento significativo do volume do menisco durante o primeiro ano mas, em oposição, nenhum dos doentes do grupo controlo chegou sequer ao limiar de 15% de aumento de volume. Os doentes dos dois primeiros grupos, que sofriam de osteoartrose, sentiram igualmente um alívio da dor, ao contrário do grupo controlo.
A lesão do menisco é uma das lesões desportivas mais comuns, especialmente no futebol e corrida, com uma taxa de insucesso de tratamento que pode chegar até aos 45%. Mesmo nos casos de sucesso, após várias intervenções cirúrgicas, a capacidade do atleta na prática desportiva pode ficar gravemente afetada. A aplicação da terapêutica com recurso a células estaminais pode vir a ser uma opção viável para acelerar a recuperação e evitar paragens prolongadas da atividade física.
A Cytothera é uma empresa de biotecnologia pertencente ao Grupo Farmacêutico Medinfar, 100% portuguesa, que desenvolve a atividade de criopreservação em Portugal desde 2005. Foi o primeiro laboratório em Portugal e na Europa a disponibilizar o serviço de isolamento e criopreservação de células estaminais do tecido do cordão umbilical.
Por ser um Banco Privado, as células estaminais que são confiadas à Cytothera pertencem ao bebé. Os pais ficam responsáveis pelas células estaminais dos seus filhos, até que os mesmos atinjam a maioridade.
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