Pesquisadores russos afirmam ter encontrado cerca de 3500 formas de vida no lago Vostok, o maior da Antártida. Para tanto, a equipe precisou perfurar mais de 3000 metros de gelo, tarefa que levou aproximadamente dez anos.
Nos blocos de gelo retirados das profundezas do lago, foram encontradas amostras de DNA com traços de mais de 3500 espécies. Não se sabe com certeza de que organismos derivam esses traços de DNA, mas estima-se que estes sejam em sua maioria bactérias.
Foram encontrados também seres vivos extremamente resistentes às mais diversas temperaturas como o frio extremo, o que aponta para possíveis fontes hidrotermais nas profundezas do lago.
O estudo publicado na revista científica PLOS ONE (com versão apenas online) chama a atenção porque muitos pesquisadores acreditavam que em ambientes inóspitos como a Antártida não haveria possibilidade de vida. Isso porque no lago Vostok, por exemplo, a concentração de oxigênio é 50 vezes maior que em lagos comuns, tornando a água extremamente nociva.
Porém, condições extremas nem sempre são barreiras intransponíveis. O anfípode (primo distante do camarão) encontrado em 2010 na Antártida mostra isso.
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