O mundo ficou ontem a saber que cientistas tinham conseguido criar um hamburguer sintético. Hoje, sabe-se que foi Sergey Brin, um dos co-fundadores da Google quem financiou a pesquisa. Brin contribuiu com um total de 330 mil dólares para a investigação.
O fundador da Google explica num vídeo colocado no site do projeto ter avançado com o dinheiro por considerar que a forma como se produz carne atualmente, “criando bilhões (mil milhões) de animais para depois os matar e esquartejar, será ambiental e economicamente impossível em poucas décadas”. Daí ter sido o investidor privado por trás da investigação da Universidade de Maastrich que criou o primeiro hamburguer feito a partir de células estaminais.
“Muitas pessoas dizem que isto é ficção científica; que não existe. E eu acho isso uma coisa boa porque se não parecer ficção científica para a maioria das pessoas, então é porque não é suficientemente revolucionário, explica ainda Sergey Brin num vídeo publicado pela equipa de investigadores.
Os cientistas liderados por Mark Post conseguiram criar carne sintética a partir de células estaminais, juntando 20 mil fibras de proteina para fabricarem o primeiro hamburguer sintético do mundo. Ontem, o hamburguer de 142 foi cozinhado e provado por dois críticos. “É parecido com carne” foi o veredito final dos dois degustadores que lamentaram a ausência de gordura e até o pouco sal com que foi cozinhado.
O depoimento de Sergey Brin:
Para o chefe da equipa que trabalhou durante 5 anos neste projeto, a prova do hamburguer revelou ser “um bom começo”, mas ainda faltarão muitos anos até que a produção de carne sintética para consumo humano seja economicamente viável.
A grande projeção mediática conseguida com a prova final de ontem pode ajudar a equipa da Universidade dse Maastrich a continuar a pesquisa. Sergey Brin continua de pedra e cal com o projeto e é muito provável que Mark Post consiga mais financiamento para avançar para as novas etapas do projeto que pode vir a ser a resposta a um problema ambiental e economicamente complexo.
Com o aumento da população mundial, a produção de carne está “no seu máximo” e há que encontrar formas mais sustentáveis de se conseguir proteínas necessárias para a alimentação. Está dado o primeiro passo.
Comentários