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Audiência pública avalia técnica que gera bebês com 3 pais genéticos

Luiz Guilherme Trevisan Gomes por Luiz Guilherme Trevisan Gomes
26/02/2014
Em Ciência
Microfotografia de uma mitocôndria (em amarelo), uma das “fabriquetas” de energia dentro de uma célula. Crédito: keith r. Porter/science

microfotografia de uma mitocôndria (em amarelo), uma das “fabriquetas” de energia dentro de uma célula. Crédito: keith r. Porter/science

 

 

 




Técnicas de reprodução que unem o DNA de três pessoas na concepção de um bebê estão sendo apreciadas pela opinião pública nesta semana, diante de uma audiência realizada pelo comitê consultivo da Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo federal dos Estados Unidos responsável pelos controles da segurança alimentar, dos medicamentos e outros. Tais tecnologias têm o potencial de evitar que certas doenças genéticas — provocadas por mutações no material genético mitocondrial — sejam herdadas pelas crianças.

Cientistas já obtiveram êxito no emprego das técnicas em questão em óvulos humanos fertilizados e embriões de macacos, informa a Scientific American, e agora querem conduzir testes clínicos com seres humanos, havendo a necessidade de prévia autorização pela FDA.

A técnica da modificação de ovócitos (ou oócitos), envolve a remoção do DNA mitocondrial (mtDNA) mutado de um ovócito da mãe e a substituição dele pelo mtDNA de uma doadora. (Os ovócitos são células germinativas produzidas nos ovários que ainda não foram fertilizadas.) Concluído o processo, as células podem ser fertilizadas in vitro pelo esperma do pai e reimplantadas no útero da mãe. Assim, o bebê gerado seria geneticamente descendente da mãe, mas conteria genes mitocondriais saudáveis da doadora.

O procedimento se destina a prevenir a transmissão de algumas doenças mitocondriais graves que afetam cerca de 1 em cada 5 mil nascimentos, podendo resultar na perda da visão, complicações motoras e, por fim, na morte do portador. O mtDNA se reproduz rapidamente, tal que uma única célula pode conter milhares de cópias do genoma mitocondrial. Portanto, mutações neste genoma podem provocar danos muito severos a um organismo.

Esta sorte de modificação de ovócitos já foi utilizada por Shoukhrat Mitalipov, pesquisador da Universidade de Saúde & Ciência do Oregon. Ele e seus colegas criaram embriões humanos assim, embora não os tenham implantado em úteros. Outro trabalho de autoria da mesma equipe gerou macacos bebês que cresceram saudáveis. Mitalipov afirma que um teste clínico com humanos seria a próxima fronteira e que, de fato, encaminhou uma proposta de estudo à FDA, entidade que tem o poder de definir os procedimentos necessários à lisura da modificação de ovócitos humanos, caso conclua que o conhecimento científico acerca do tema esteja em uma fase avançada.

Nas discussões desta semana, a FDA preferiu entrar somente nos aspectos científicos dos possíveis experimentos clínicos, inclusive na questão do risco associado à posse de longo prazo de um mtDNA anormal, nos possíveis benefícios e malefícios para mães e filhos(as), e na necessidade de acompanhamento de várias gerações, uma vez que as filhas oriundas do procedimento podem transferir doenças mitocondriais a seus próprios bebês.

Evan Snyder, chefe do comitê consultivo da FDA e diretor do Programa de Células-tronco e Biologia Regenerativa do Instituto de Pesquisas Médicas Sanford–Burnham, diz que o foco da reunião é saber se o campo de pesquisa da manipulação de ovócitos está pronto para testes clínicos “para aliviar este sofrimento humano realmente horrível”.

Todavia, as questões éticas que a técnica levanta têm sido motivo de preocupação. Marcy Darnovsky, diretora executiva do Center for Genetics and Society, entidade sem fins lucrativos que promove a regulamentação e a segurança dos procedimentos médicos baseados na genética, teme que a abordagem leve, no futuro, à criação de crianças com características específicas, como a inteligência e a habilidade nos esportes aprimoradas. Ainda em 2014, o Parlamento britânico também deve tratar das aplicações terapêuticas e das considerações éticas da manipulação de oócitos.

Excetuando-se a modificação de ovócitos, a principal tecnologia de reprodução assistida que busca evitar mutações danosas envolve o mecanismo de diagnóstico genético pré-implantação, processo que consiste no exame aprofundado de células embrionárias bem no início do seu desenvolvimento, antes que sejam implantadas nas mães. “O problema é que a carga de mutações em uma célula não prediz o que há nas outras células”, diz Mitalipov. Ocorre que, mesmo que uma célula pareça relativamente livre de mutações, as demais podem conter proporções maiores destas, já que a mutação original não foi eliminada e as células geralmente não são uniformes.

Ademais, os pesquisadores querem saber se a técnica com ovócitos pode ajudar mulheres que têm problemas de infertilidade, apesar de não existir consenso científico quanto à possibilidade de a qualidade do mtDNA interferir negativamente na fertilidade. Uma teoria sugere que o declínio da fertilidade relativo à idade possa ser compreendido à luz de mutações contínuas acumuladas no corpo da mulher, ao passo que Dieter Egli, cientista da New York Stem Cell Foundation, não acredita ser “conclusivo que isto é o trabalho de mitocôndrias, e não de outra coisa”. Este pesquisador acrescenta que a ciência ainda tem muito a evoluir para que possa estabelecer uma ligação entre fertilidade e função mitocondrial.

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Tags: doençasgenéticareproduçãotecnologia
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Luiz Guilherme Trevisan Gomes

Luiz Guilherme Trevisan Gomes

é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e trabalha como consultor financeiro na Valore Brasil - Controladoria de Resultados. Atualmente, cursa o MBA em Controladoria e Finanças na Universidade de São Paulo (USP). Entusiasta da razão e da ciência, fundou o espaço de divulgação científica Make It Clear Brasil, em 2013.

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