Há cerca de um ano, a gigante tecnológica Google apresentou ao mundo o Projeto Loon, que pretende utilizar balões de gás hélio para levar internet sem fio a lugares onde nem mesmo há internet. Desde então, muito pouco foi divulgado sobre o assunto e não se sabia ao certo quando (e se?) a ideia sairia realmente do papel.
Entretanto, de acordo com Astro Teller, o diretor do Google X, a espera poderá chegar ao fim, em breve, visto que os balões deverão começar a ser utilizados já a partir do ano que vem. Em entrevista à Wired, Teller informou que o projeto está cada vez mais próximo da realidade: “no aniversário de dois anos do Projeto Loon, esperamos que, no lugar de experimentos, tenhamos um conjunto de balões permanentes em funcionamento”.
Não é de hoje que a empresa tem realizado vôos de teste em diversos locais do planeta. No Brasil, por exemplo, os balões foram recentemente experimentados em duas escolas do Piauí (Teresina e Campo Maior), onde alunos que nunca haviam tido acesso à internet na escola puderam acompanhar a primeira aula contando com recursos da web.
“A intenção é ampliar o número de Loons e o tempo que eles permanecer no ar”, explica o diretor do Google X, que relembra que atualmente são 100 balões em uso que duram até 75 dias no ar. Dispositivos feitos com o mesmo material costumam suportar até 15 dias, no máximo. Nos próximos meses, o projeto pretende chegar aos 400 balões, numa permanência de até 100 dias.
Segundo os idealizadores do Projeto Loon, no último ano a capacidade de conexão melhorou consideravelmente: “atualmente, a velocidade da internet pode chegar até 22 MB/s em uma antena no chão e 5 MB/s em dispositivos móveis, um valor considerável, se mantida a estabilidade”.
Embora a intenção inicial seja levar internet a locais isolados do Planeta, o Google já pensa em formas de lucrar com os balões. Um bom exemplo disto é que poderão ser utilizados, por exemplo, em espaços onde não há cobertura de antenas, o que ampliaria os intervalos de roaming oferecidos pelas operadoras de telefonia e internet em todo o mundo.
Via The Verge
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