Devido à proliferação rápida das aplicações empresariais, os enormes volumes de informações que geram forçaram a uma taxa sem precedentes de transformação nos data centers que lutam para as alojar. As empresas estão a confiar cada vez mais na virtualização para apoiar as suas infraestruturas de TI, o que parece ser uma opção tentadora já que os ambientes virtuais executam mais serviços e menos hardware e, mais importante, mantêm os serviços em execução durante as interrupções de alimentação elétrica, protegendo as cargas críticas.
Contudo, todos os data centers que adotem a virtualização correm riscos de um menor desempenho ou mesmo de interrupções se a sua estratégia de gestão de energia falhar no cumprimento das necessidades de energia altamente exigentes introduzidas pela tecnologia. Esta consideração é crítica para a viabilidade da empresa, já que os custos com falhas de energia podem atingir os €6.000 por hora para pequenas empresas com até 100 funcionários, subindo para uns espantosos €1.000.000 por hora para grandes empresas com mais de 1000 funcionários.
Esta questão surge porque as máquinas virtualizadas (VMs) funcionam a 70 – 80% da capacidade comparado com os 10 -15% para as máquinas virtualizadas; isto traduz-se em armários que exigem até 40 kW cada. Adicionalmente, a virtualização permite que as aplicações mudem rapidamente e de forma imprevisível de um servidor para outro, o que ajuda os data centers a equilibrar as suas necessidades de energia críticas, mas cria também uma nova importância para a flexibilidade da energia.
Felizmente, existe uma solução eficaz. A adoção de uma estratégia de gestão de energia robusta e inteligente permite-lhe detetar todo o potencial da sua arquitetura de TI moderna evitando os custos de reputação e financeiros de uma falha de energia. Isto pode ser cristalizado em cinco passos lógicos: Proteger, Distribuir, Organizar, Gerir e Manter.
A proteção inclui fontes de energia de reserva das Unidades de Alimentação Ininterrupta (UPS) para evitar a perda de informação e garantir a continuidade do negócio no caso de falhas de energia prolongadas. As UPSs protegem o equipamento TI sensível de falhas de energia quando a alimentação elétrica está presente, para além de fornecerem energia de reserva durante as falhas de energia.
A distribuição inteligente de energia inclui cabos e unidades inteligentes de distribuição de energia em rack (PDUs) que fornecem informação atual sobre a saída e secção permitindo aos utilizadores determinar rapidamente onde está a ser utilizada a energia e identificar hardware malicioso que esteja a consumir energia em excesso. A medição exata simplifica também o equilíbrio da carga e revela os locais onde existe uma capacidade extra de energia.
A informação fornecida pelos dispositivos de distribuição de energia é melhorada através da monitorização ambiental que mede uma gama de variáveis, ativando as políticas de reserva e de comutação automática para minimizar a perda de informação e otimizar a recuperação.
O próprio equipamento deve estar organizado numa caixa de infraestrutura TI segura e fiável que permita o acesso fácil para manutenção. A virtualização condensa a energia e as cargas de arrefecimento em pegadas menores, tornando-se assim essencial a existência de estratégias mais eficientes de arrefecimento. A contenção de fluxos de ar quente e frio está a tornar-se bastante popular; isto depende de uma boa gestão dos data centers em piso elevado, onde todo o potencial de locais de fugas de ar são selados para manter uma pressão estática uniforme, abaixo do piso e uma distribuição do fluxo do ar. Os racks que evitam fugas e passagens de ar quente/frio interno são essenciais para estas estratégias.
A visibilidade e o controlo da estratégia de gestão inteligente da energia são facilitados por software adequado integrado na plataforma de virtualização. Os dados do estado para todos os dispositivos de energia das UPSs e PDUs na rede virtual podem ser visualizados em conjunto com a informação da rede, do servidor físico e de armazenamento a partir de um único painel de vidro. Isto ajuda a garantir a continuidade do negócio já que os gestores podem tomar decisões informadas através do estado da energia e do equipamento de TI. A reação pode ser mais rápida e as políticas de recuperação automática de falhas mais eficazes.
A manutenção preventiva é também essencial para qualquer estratégia de gestão da energia. As UPSs modernas são fiáveis, mas continuam a ser dispositivos complexos e sujeitos a falhas, enquanto outros equipamentos, como as PDUs, necessitam de cuidados. O risco pode ser evitado implementando a abordagem correta de serviço para todos os componentes no sistema.
As UPSs e PDUs podem ser mantidas e a sua via útil prolongada com serviço e monitorização regulares. A cobertura deverá incluir visitas ao local para manutenção preventiva e emergências, substituições de UPSs e PDUs, peças eletrónicas de substituição, baterias e suportes de baterias e ajuda profissional.
A integração destes cinco passos numa estratégia de gestão de energia coerente e eficaz exige o hardware, software e ferramentas de serviço corretos – componentes que combinam em soluções resilientes e a longo prazo, bem como um excelente desempenho por conta própria. A experiência industrial, suporte e gama de soluções da Eaton oferecem-lhe estas ferramentas, permitindo que construa uma estratégia de gestão de energia verdadeiramente otimizada que lhe permita aproveitar as vantagens das suas arquiteturas TI.
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Artigo de opinião de Bruno Soares,
responsável vendas Canal TI para Portugal
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