Após mais de um ano de pandemia, ainda há muitas descobertas sobre a Covid-19, que já levou mais de 4,42 milhões de pessoas em todo o mundo e já infectou mais de 211 milhões.
Entre as descobertas mais recentes, especialistas descobriram que o coronavírus SARS-CoV-2 causa também mudanças elétricas sutis no coração. De acordo com essa nova descoberta, cientistas norte-americanos trabalharam para desenvolver um eletrocardiograma (ECG) que fosse operado com a ajuda de Inteligência Artificial, a fim de identificar rapidamente casos da infecção.
Segundo os primeiros dados divulgados do estudo, que deverá ser publicado integralmente na revista médica Mayo Clinic Proceedings, esse novo eletrocardiograma equipado com Inteligência Artificial conseguiu detectar a infecção por Covid-19 com um valor preditivo positivo, ou seja, de pessoas infectadas, de 37%, e um valor preditivo negativo (referente a pessoas não infectadas) de 91%.
Quando o estudo leva em consideração o grupo de controle, adicionando os dados à amostragem, o valor preditivo negativo chega ao impressionante número de 99,2%, trazendo os dados para uma simulação de mundo real. Neste caso, esta seria a taxa referente ao quão confiável o exame pode ser para determinar que um paciente não está infectado pelo vírus, ou seja, isso traria uma possibilidade promissora para identificar casos negativos para a infecção.
Covid-19 acende novo alerta no mundo
Apesar de a vacinação continuar avançando em todo o mundo, as taxas de infecção têm voltado a subir, motivadas principalmente pela conhecida variante Delta. Em Portugal, país com população superior a 10,2 milhões de pessoas, cerca de 67% das pessoas estão completamente imunizadas pela vacina contra a Covid-19.
Já em países maiores, como o Brasil (mais de 211 milhões de pessoas) e os Estados Unidos (mais de 328 milhões de pessoas), apesar do avanço da vacina, os números de infecções e mortes por Covid-19 continuam variando bastante, o que preocupa as autoridades. O motivo seria a redução nos cuidados, motivada pela sensação de que a vacina já seria o suficiente, e também o crescente movimento que contesta a eficiência das vacinas, fazendo com que algumas pessoas se recusem a tomar os imunizantes, que ainda são a principal maneira de evitar o aparecimento de novas variantes do vírus.
Diversas pesquisas continuam a ser desenvolvidas entre diferentes especialidades, para descobrir novas maneiras de identificar precocemente os casos, a fim de isolar os sujeitos infectados e evitar novas transmissões, além da busca por medicamentos que sejam mais eficientes para tratar os infectados e evitar novas mortes.
Da faculdade de biomedicina a especialistas de outras áreas, os profissionais devem se adaptar e buscar novas formas de lidar com essa doença em sua rotina, principalmente à medida que a Covid-19 mostra ao mundo que pode ter efeitos mais duradouros.
Cada vez mais, se fala em cuidados multidisciplinares para tratar os pacientes não apenas durante o momento mais grave da doença, como também para acompanhar o quadro que pode se desenvolver após a infecção.
Esta é apenas mais uma das surpresas que a Covid-19 trouxe para o mundo, uma vez que cada vez mais quadros surgem nos consultórios como consequência da doença, seja com pacientes que passaram por quadros mais leves ou por quadros mais graves. De queda de cabelo a problemas cardíacos, são vários os sintomas que surgem no que especialistas já chamam de “síndrome pós-Covid”.
Isso mostra que a prevenção continua sendo a melhor maneira de evitar que a doença continue trazendo prejuízos aos indivíduos e para a sociedade, além de exigir que os profissionais continuem a acompanhar os casos por mais tempo.
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