TecheNet
  • Mobile
    • APPLE
    • APPS
    • GOOGLE
    • HUAWEI
    • ONEPLUS
    • SAMSUNG
    • XIAOMI
  • Tech
    • AUTOMÓVEIS
    • MOBILIDADE ELÉTRICA
    • IMAGEM & SOM
    • ENTREVISTAS
  • Gaming
  • IA
  • Opinião
  • Segurança
  • Negócios
    • EMPRESAS
    • CRIPTOMOEDAS
    • MARKETING
  • Mais
    • ARTE E CULTURA
    • DICAS
    • LIFESTYLE
    • DIREITOS COM CAUSA
    • INTERNET
    • GUIAS
    • PROMOÇÕES
    • REVIEWS
    • SUSTENTABILIDADE
    • TUTORIAIS
Sem resultados
Ver todos os resultados
TecheNet
Sem resultados
Ver todos os resultados

O que são Organizações Autónomas Descentralizadas (DAOs)

Alfredo Beleza por Alfredo Beleza
03/12/2022
Em Criptomoedas

As Blockchains já estão a transformar radicalmente o nosso sistema financeiro. No entanto, as propriedades de “trustless” e imutabilidade não são úteis apenas em aplicações financeiras.

Organizações autónomas descentralizadas (daos)

Outro potencial candidato a beneficiar desta tecnologia é o sistema de governança. As blockchains permitem tipos totalmente novos de organizações que podem funcionar de forma autónoma sem a necessidade de coordenação por uma entidade central. Este artigo adaptado da Binance Academy irá introduzir conceitos sobre essas organizações.

O que é uma DAO e como funciona?

A sigla DAO significa Decentralized Autonomous Organization, ou Organização Autónoma Descentralizada em português. Em poucas palavras, uma DAO é uma organização regida por códigos e programas de computador. Sendo assim, ela tem a capacidade de funcionar de forma autónoma, sem necessidade de uma autoridade central.

Através do uso de contratos inteligentes, uma DAO pode funcionar com informações externas e executar comandos baseados nelas – tudo isso sem qualquer intervenção humana. Uma DAO é geralmente operada por uma comunidade de partes interessadas, incentivada por algum tipo de mecanismo de token.

As regras e os registos de transações de uma DAO são armazenados de forma transparente na blockchain. As regras são geralmente criadas através dos stakeholders e, normalmente, as decisões dentro de uma DAO são tomadas através de ‘propostas’. Se uma proposta recebe os votos da maioria dos participantes (ou preenche alguma outra regra definida nas regras de consenso da rede), então ela será implementada.

De certa forma, uma DAO funciona de maneira semelhante a uma empresa ou nação, mas mais descentralizada – enquanto as organizações tradicionais trabalham com uma estrutura hierárquica e muitas camadas burocráticas, as DAOs não têm hierarquia. Em vez disso, usam mecanismos económicos para alinhar os interesses da organização aos interesses dos seus membros, geralmente através do uso da teoria dos jogos.

Os membros de uma DAO não estão vinculados a nenhum contrato formal; são unidos por um objetivo comum e incentivos de rede atrelados às regras de consenso. Essas regras são completamente transparentes e escritas no software de código aberto que governa a organização. Como as DAOs operam sem barreiras, elas podem estar sujeitas a diferentes jurisdições legais.

Como o nome indica, uma DAO é descentralizada e autónoma. É descentralizada porque nenhuma entidade tem autoridade para tomar decisões. E é autónoma porque pode funcionar de forma independente.

Depois de ser implementada, uma DAO não pode ser controlada por uma única parte. Ela é governada por uma comunidade de participantes. Se as regras de governança definidas no protocolo forem bem elaboradas, elas devem orientar os utilizadores em direção ao resultado mais benéfico para a rede.

Resumidamente, DAOs fornecem um sistema operativo para colaboração aberta. Esse sistema operativo permite que indivíduos e instituições colaborem sem precisar conhecer ou confiar um no outro.

DAOs e o problema do “principal-agent”

A DAOs enfrentam um problema económico conhecido como “dilema do principal-agent”. Ele ocorre quando uma pessoa ou entidade (o “agente”) tem a capacidade de tomar decisões e ações em nome de outra pessoa (o “principal”). Se o agente estiver motivado a agir no seu próprio interesse, poderá desconsiderar os interesses do “principal”.

Essa situação permite que o agente corra riscos em nome do “principal”. O que agrava ainda mais o problema é que também pode haver assimetria de informações entre o “principal” e o agente. O “principal” pode nunca saber que está a sofrer um golpe e não existe uma forma de garantir que o agente esteja a agir com boas intenções.

Alguns exemplos comuns que se assemelham a esse tipo de problema são: funcionários eleitos representando cidadãos, corretores que representam investidores ou gestores que representam acionistas.

Ao permitir um maior grau de transparência através da tecnologia blockchain, modelos de incentivo bem projetados por trás de DAOs podem eliminar, em parte, esse problema. Os incentivos dentro da organização estão alinhados e há muito pouca (ou nenhuma) assimetria de informação. Como todas as transações são registadas numa blockchain, a operação de DAOs é completamente transparente e, teoricamente, incorruptível.

Exemplos de DAOs

Embora de forma primitiva, a rede Bitcoin pode ser considerada como o primeiro exemplo de uma DAO: opera de forma descentralizada e é coordenada por um protocolo de consenso, sem hierarquia entre os participantes.

O protocolo Bitcoin define as regras da organização, enquanto os bitcoins, como moedas, incentivam os utilizadores a manter a segurança da rede. Isso garante que os diferentes participantes possam trabalhar juntos para manter o Bitcoin a funcionar como uma organização autónoma descentralizada.

O objetivo comum no caso do Bitcoin é armazenar e transferir valor sem necessidade de uma entidade central coordenando o sistema. Quais são outras possíveis utilidades de DAOs?

DAOs mais complexas podem ser implantadas para diferentes casos de uso, como governança de token, fundos de risco descentralizados ou plataformas de redes sociais. As DAOs também podem coordenar a operação de dispositivos ligados à Internet das Coisas (IoT).

Além disso, essas inovações introduziram um subconjunto de DAOs, conhecidas como Corporações Autónomas Descentralizadas (DACs). Uma DAC pode fornecer serviços semelhantes a uma empresa tradicional, por exemplo um serviço de boleias partilhadas. A diferença é que ele funciona sem a estrutura de governança corporativa encontrada nos negócios tradicionais.

Por exemplo, um carro robot que é ‘dono’ de si próprio e fornece serviços de partilha de transporte como parte de uma DAC, poderia operar de forma autónoma, realizando transações com seres humanos e outros dispositivos. Com o uso de oráculos blockchain, ele poderia até acionar contratos inteligentes e executar determinadas tarefas por conta própria – como ir à oficina.

Ethereum e “The DAO”

Um dos primeiros exemplos de DAO foi a apropriadamente chamada “The DAO”. Era composta por contratos inteligentes complexos executados sobre a blockchain da Ethereum, que deveriam atuar como um fundo de risco autónomo.

Tokens de “The DAO” foram vendidos numa Oferta Inicial de Moedas (ICO) e forneceram uma participação acionista e direitos de voto neste fundo descentralizado. No entanto, logo após o lançamento, cerca de um terço dos fundos foi roubado num dos maiores ataques hackers da história das criptomoedas.

O resultado desse evento foi que a Ethereum se dividiu em duas após um hard fork. Numa delas, as transações fraudulentas foram efetivamente revertidas, como se o hack nunca tivesse acontecido. Essa “chain” é agora designada blockchain Ethereum. A outra, respeitando o princípio “código é lei”, deixou as transações fraudulentas intocadas e manteve a imutabilidade. Essa blockchain é designada hoje por Ethereum Classic.

Os problemas enfrentados pelas DAOs

Apesar das boas ideias subjacentes às DAOs, existem alguns problemas a elas associados, entre eles:

Jurídico.

O ambiente regulatório em torno das DAOs é completamente incerto. Ainda não se sabe como diferentes jurisdições criarão a estrutura regulatória desses novos tipos de organizações. Um cenário regulatório incerto pode ser uma barreira significativa à adoção de DAOs.

Ataques coordenados

As propriedades desejáveis das DAOs (descentralização, imutabilidade, “trustlessness”) carregam inerentemente desvantagens significativas de desempenho e segurança. Embora algumas das organizações que podem surgir como DAOs sejam, sem dúvida, empolgantes, elas introduzem muitos riscos que não existem em organizações tradicionais.

Pontos de centralização

É possível argumentar que a descentralização não é um estado, mas um intervalo, no qual cada nível é adequado para um tipo diferente de caso de uso. Em alguns casos, a total autonomia ou descentralização pode não ser possível ou nem fazer sentido.

As DAOs podem permitir uma variedade ainda maior de participantes a colaborar, mas as regras de governança definidas no protocolo serão sempre um ponto de centralização. Pode-se argumentar que as organizações centralizadas podem operar com uma eficiência muito maior – embora abram mão dos benefícios da participação aberta.


Considerações finais

As DAOs permitem que as organizações se libertem da dependência de instituições tradicionais. Em vez de uma entidade central que coordena os participantes, as regras de governança são automatizadas e direcionam os utilizadores para o resultado mais benéfico para a rede. A rede Bitcoin pode ser considerada uma DAO simplificada e por enquanto, são escassas outras implementações desse tipo.

A chave para projetar boas DAOs é estabelecer um conjunto eficiente de regras de consenso que resolvam problemas complexos de coordenação dos participantes. O verdadeiro desafio da implementação de DAOs pode não ser puramente tecnológico, mas sim social.

Se quiser aprender mais sobre DAOs, confira o relatório da Binance Research: Theory and Praxis of DAOs.

Siga-nos no Google News e não perca nenhuma notícia. Clique aqui e carregue em seguir.

Tags: BlockchainDAODAOsOrganizações Autónomas Descentralizadas
PartilhaTweetEnvia
Alfredo Beleza

Alfredo Beleza

Gestor de empresas, “blogger” e designer. Com uma carreira marcada por experiências internacionais, foi diretor de marketing/comercial em empresas na Suiça e no Brasil. É co-fundador do site de notícias TecheNet, onde partilha a sua paixão pelo mundo da tecnologia.

Artigos relacionados

10 bancos europeus criam qivalis para lançar stablecoin indexada ao euro
Criptomoedas

10 Bancos europeus criam Qivalis para lançar stablecoin indexada ao euro

06/12/2025
Mato grosso aposta em criptomoedas e tokenização para expansão internacional
Criptomoedas

Mais de 28 mil milhões de dólares ilícitos a circular na criptoeconomia

18/11/2025
Ferrari f76 nft
Criptomoedas

Ferrari F76: a marca italiana lança um supercarro que só existe como NFT

29/10/2025
Top 4 formas de levantar cripto para conta bancária em portugal
Criptomoedas

Top 4 Formas de Levantar Cripto para Conta Bancária em Portugal (via SEPA)

23/09/2025
Coinbase
Criptomoedas

Usa IA ou estás despedido: o ultimato da Coinbase aos seus engenheiros

25/08/2025
Instituto português de bitcoin quer reserva estratégica de bitcoin
Criptomoedas

Instituto Português de Bitcoin quer reserva estratégica de Bitcoin

13/08/2025

Últimas notícias

Affinity canva

Canva torna a suite profissional Affinity gratuita: o fim da era Adobe?

14/12/2025
Samsung galaxy z trifold - oficial

Samsung reina em casa: 81% de quota na Coreia, mas a Apple espreita

14/12/2025
Melitta apenas e950-101

Melitta Solo: a superautomática com moinho e limpeza automática está a 235€

14/12/2025
QNAP

Falha crítica na biblioteca React abre porta a ataques remotos “React2Shell”

One UI 8.5 esconde segredos: a Samsung prepara surpresas de IA para o Galaxy S26

Apple lança iOS 26.2: Conheça as 5 grandes novidades

Samsung pode ganhar contrato bilionário da AMD para chips de 2nm

MIT cria método de captura de CO2 de baixo custo

Huawei Router X3 Pro: Wi-Fi 7 a 11 Gbps

Google atualiza Pixel Watch 4 com novos gestos e IA

Realme C75 5G: a bateria que não acaba e o design indestrutível por 151€

DJI Neo 2: controla o drone e vê vídeo em direto no teu Apple Watch

Mac mini M4: a potência da Apple num cubo compacto está com desconto raro

ChatGPT ganha poderes de Photoshop: agora podes editar fotos sem sair do chat

Google lança agente “Gemini Deep Research”

Google Maps no Gemini: agora vês mais do que apenas alfinetes vermelhos

Análise Bose QC Ultra 2: ANC, som e conforto de topo

iPhone 16e em promoção: o modelo mais equilibrado da Apple tem desconto de 120€

Huawei apresenta FreeClip 2 e Mate X7 em evento global no Dubai

Qualcomm lança novos ‘motores’ para telemóveis baratos: o que muda em 2026?

Techenet LOGO
  • Quem somos
  • Fale connosco, envie a sua pergunta aqui
  • Termos e condições
  • Política de comentários
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies
Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Mobile
    • APPLE
    • APPS
    • GOOGLE
    • HUAWEI
    • ONEPLUS
    • SAMSUNG
    • XIAOMI
  • Tech
    • AUTOMÓVEIS
    • MOBILIDADE ELÉTRICA
    • IMAGEM & SOM
    • ENTREVISTAS
  • Gaming
  • IA
  • Opinião
  • Segurança
  • Negócios
    • EMPRESAS
    • CRIPTOMOEDAS
    • MARKETING
  • Mais
    • ARTE E CULTURA
    • DICAS
    • LIFESTYLE
    • DIREITOS COM CAUSA
    • INTERNET
    • GUIAS
    • PROMOÇÕES
    • REVIEWS
    • SUSTENTABILIDADE
    • TUTORIAIS

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.