O panorama dos motores de pesquisa poderá sofrer uma reviravolta inesperada nos próximos tempos. A Apple, uma das maiores empresas do setor tecnológico, está a considerar substituir o Google pelo seu próprio motor de pesquisa nos seus dispositivos.
Por muito tempo, o Google foi o motor de busca padrão em milhões de dispositivos da Apple, desde smartphones a tablets. No entanto, Mark Gurman, da Bloomberg, avança que a empresa de Cupertino tem trabalhado silenciosamente na sua própria tecnologia de pesquisa. O caminho ainda é longo, mas os indícios são claros de que a Apple pretende oferecer uma solução mais integrada e privada do que a atualmente oferecida pelo Google.
Sinais de transição são notórios
Os sinais desta transição já são visíveis em algumas aplicações da Apple. Por exemplo, o Spotlight, uma ferramenta que ajuda os utilizadores a encontrar conteúdo nos seus dispositivos, tem exibido resultados de pesquisa na web. Anteriormente, esses resultados eram fornecidos ora pelo Bing, da Microsoft, ora pelo próprio Google.
Os rumores acerca do interesse da Apple no campo dos motores de pesquisa não são de agora. Há relatos de que a empresa teve reuniões com a Microsoft para discutir a aquisição do motor de pesquisa Bing. Embora as conversações não tenham culminado numa compra, indicam claramente a direção que a Apple quer tomar.
Implicações financeiras da mudança
A substituição do Google pelo motor de pesquisa próprio da Apple terá repercussões financeiras para ambas as empresas. O Google paga à Apple uma comissão sobre as receitas de publicidade das pesquisas realizadas através dos dispositivos da marca, um valor que, segundo a Bloomberg, tem rondado os oito mil milhões de dólares anuais nos últimos anos.
A Apple tem mostrado uma tendência crescente para desenvolver soluções internas, diminuindo a dependência de terceiros. Se a empresa decidir implementar o seu próprio motor de pesquisa, poderá alterar significativamente o equilíbrio no setor dos motores de pesquisa. Resta-nos aguardar e ver que inovações a Apple trará e como o Google reagirá a esta potencial mudança.
Outros artigos interessantes: