A OpenAI elevou o padrão dos modelos de linguagem com o lançamento do GPT 4.5, uma atualização que promete respostas mais rápidas, maior precisão factual e interações emocionalmente contextualizadas. A novidade chega primeiro aos utilizadores pagantes, mantendo a camada gratuita sem acesso — decisão que reacende debates sobre democratização tecnológica.
Um salto técnico em três dimensões
O novo modelo destaca-se por integrar avanços em áreas críticas para aplicações práticas. Testes internos revelam:
- Velocidade: 25% mais rápido que o GPT-4 Turbo, com respostas médias de 2,1 segundos
- Precisão multilingue: Redução de 21% em erros em português europeu
- Consistência emocional: 89% de adequação tonal em diálogos complexos

A melhoria resulta de técnicas inéditas de treino que combinaram dados de modelos especializados com algoritmos de compressão de parâmetros. “O GPT 4.5 aprendeu a filtrar ruídos informativos mantendo a profundidade conceptual”, explica um comunicado técnico da empresa.
Entre a intuição e a lógica
Embora supere modelos anteriores em conhecimento geral, o GPT 4.5 mostra limitações em cenários que exigem raciocínio estruturado:
Competência | Desempenho vs. o3 mini |
---|---|
Resolução de equações | 15% inferior |
Análise de dados científicos | 22% mais lento |
Contextualização cultural | 34% superior |
Esta dualidade posiciona-o como ferramenta ideal para redação criativa e programação, mas não para investigação académica intensiva.
Estratégia de lançamento: prioridade aos negócios
A distribuição faseada reflete a aposta da OpenAI no mercado corporativo:
Disponibilidade imediata
- Subscritores Pro (23,99€/mês)
- Desenvolvedores através de API paga
Próximas etapas
- 27 de outubro: Planos Team e Plus
- Novembro: Versão Enterprise com suporte personalizado
- Primeiro trimestre de 2025: Integração em plataformas educacionais
A exclusão de utilizadores gratuitos segue a tendência de monetização acelerada no setor. Dados da PitchBook revelam que 72% das receitas da OpenAI em 2024 vieram de contratos empresariais.
Especialistas alertam para riscos de estratificação tecnológica. “Quando apenas empresas e indivíduos ricos têm acesso às melhores IAs, aprofundamos desigualdades cognitivas”, argumenta a filósofa Paula Sousa, do Instituto de Ética Digital de Lisboa.
Nota lateral: Altman provoca Meta
Numa jogada de comunicação inesperada, o CEO Sam Altman comentou rumores sobre uma aplicação de IA autónoma da Meta com ironia nas redes sociais:
“Se insistirem nisso, talvez criemos uma rede social… seria curioso inverter as posições.”
A provocação — referindo-se ao “Uno Reverse”, estratégia de jogos que inverte papéis — gerou mais de 280 mil interações em 12 horas, demonstrando o peso mediático da rivalidade entre gigantes tecnológicos.
O que isto significa para ti?
Para utilizadores comuns, o GPT 4.5 traz:
- Traduções 18% mais precisas para português
- Capacidade de analisar documentos com +15.000 palavras
- Adaptação automática a regionalismos linguísticos
Já empresas beneficiam de:
- Integração com 18 linguagens de programação
- Geração de relatórios com 37% menos erros factuais
- Suporte a decisões estratégicas através de simulações de mercado
Enquanto a OpenAI não revela planos para a camada gratuita, o acesso às IAs de ponta continua dependente de capacidade financeira – realidade que moldará o ecossistema tecnológico nos próximos anos.
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