A Motorola está a investir cada vez mais no design como um elemento-chave da sua identidade, e a nova gama Edge 60 é um reflexo claro dessa estratégia. Em conversa com Ruben Castano, vice-presidente de Design, Marca e Experiência do Utilizador da Motorola Mobility, ficou evidente que a marca não se limita a lançar equipamentos tecnicamente competentes – pretende que cada modelo seja também uma afirmação de estilo e personalidade.
O novo Edge 60 Pro, prestes a chegar ao mercado europeu, destaca-se por um ecrã curvo nas quatro extremidades, o que proporciona uma experiência de visualização imersiva e praticamente sem margens. Apesar de manter um perfil fino e leve, o equipamento integra uma bateria de 6.000 mAh — uma combinação rara que pretende oferecer autonomia prolongada sem sacrificar a elegância.
Outro destaque vai para o sistema de câmaras, que inclui um sensor Sony LYTIA 700C, uma lente ultra grande angular e uma câmara frontal de 50 MP. Tudo isto envolto numa estrutura resistente que cumpre os requisitos das certificações IP68/69 e padrões militares de durabilidade — uma resposta às exigências de quem leva o smartphone para todo o lado.

Cores com assinatura Pantone e um toque de lifestyle
Há mais de dois anos que a Motorola colabora com a Pantone, uma parceria que Castano considera essencial para ligar os produtos à dimensão emocional do utilizador. Esta colaboração vai além da escolha de tons bonitos: trata-se de antecipar tendências culturais e traduzir essas influências em cores que realmente criam ligação com o público.
A renovação do acordo com a Pantone por mais três anos é um sinal claro de que a Motorola pretende continuar a investir na componente estética como extensão da personalidade de quem utiliza os seus smartphones. Os acabamentos incluem materiais vegan, texturas que imitam tecidos como seda ou lona, e até toques inspirados no mundo do vestuário e decoração. O objetivo é transformar o telemóvel num acessório de estilo, sem comprometer a funcionalidade.
Desafios técnicos por trás da estética
Mas nem tudo é aparência. Tornar um conceito de design tangível implica superar grandes desafios técnicos. As equipas de design e engenharia trabalham em conjunto para garantir que as texturas, cores e acabamentos mantêm a qualidade percebida ao longo do tempo. Ao mesmo tempo, os equipamentos têm de continuar a melhorar a nível interno: mais potência, maior autonomia, câmaras mais avançadas — tudo isto num corpo mais leve, mais fino e mais fácil de manusear.
Este equilíbrio entre forma e função não é fácil de alcançar, como explica Castano. A tendência é sempre reduzir o tamanho e o peso, ao mesmo tempo que se aumenta o desempenho. Trata-se, no fundo, de um esforço constante para evoluir sem comprometer aquilo que tornou a marca reconhecível.
Quando o design fala pela marca
Para a Motorola, o design já não é apenas uma questão estética — é um elemento central da estratégia de identidade da marca. A ideia é que, com o tempo, os utilizadores consigam identificar um equipamento Motorola mesmo sem ver o logótipo. As cores e o estilo tornam-se assinatura visual.
Mais do que seguir tendências, a Motorola está a usá-las de forma estratégica para alcançar novos públicos. Segundo Castano, cores específicas ajudaram a marca a aproximar-se de segmentos mais jovens ou de públicos femininos, consoante os mercados.
A cor, neste contexto, funciona como ponto de partida para uma ligação emocional, mas o sucesso vem da proposta de valor completa: design, especificações, experiência de utilização e preço têm de estar em harmonia. A aposta parece estar a resultar — e a Motorola quer continuar este caminho.
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