Se és daqueles utilizadores de smartwatches Wear OS que adora personalizar ao máximo o teu dispositivo, alterando o mostrador do relógio para que este reflita o teu estilo ou as tuas necessidades de informação, temos notícias que te vão certamente agradar. A Facer, uma das plataformas mais populares e conhecidas para encontrar, criar e partilhar mostradores de relógio, anunciou o seu regresso em força. Este retorno muito aguardado coincidirá com a chegada da próxima grande atualização do sistema operativo da Google para wearables, o Wear OS 6.
Este anúncio é particularmente significativo tendo em conta o percurso recente da personalização de mostradores no ecossistema Wear OS, e promete reacender a criatividade dos utilizadores.
O percurso dos mostradores no Wear OS e a mudança de rumo
Para perceberes a importância deste anúncio da Facer, é útil recordar o contexto. Há não muito tempo, o panorama de mostradores para smartwatches Wear OS era descrito como uma espécie de “velho oeste digital”. Diversos programadores criavam as suas próprias aplicações e métodos para expandir a disponibilidade e a variedade de mostradores, o que resultava numa grande diversidade, mas por vezes também em inconsistências de qualidade e desempenho.
Num esforço para melhorar a qualidade geral, a otimização e a segurança dos mostradores, a Google interveio, introduzindo o Watch Face Format (WFF) com o lançamento do Wear OS 5. Esta iniciativa visava uniformizar o desenvolvimento e garantir um certo nível de controlo de qualidade. Embora esta medida tenha sido benéfica em muitos aspetos, também impôs algumas restrições à forma como aplicações de terceiros, como a Facer, poderiam oferecer e integrar os seus mostradores nos dispositivos que corriam nativamente o Wear OS 5.
Facer e Google: Uma colaboração para a nova geração Wear OS
Agora, com o Wear OS 6 no horizonte, os tempos parecem estar a mudar novamente, e para melhor no que toca à personalização. A Facer partilhou recentemente no seu website que está a “trabalhar de perto” com a Google. O objetivo principal desta colaboração é, nas palavras da própria Facer, “assegurar que a próxima geração do Wear OS desbloqueia tudo aquilo que [os utilizadores] adoravam na Facer”. Esta declaração sugere uma integração mais profunda, otimizada e possivelmente mais fluida do que nunca.
Entre as novidades já adiantadas, sabe-se que o Facer Premium estará disponível, o que significa acesso a uma vasta gama de mostradores exclusivos e funcionalidades avançadas para os utilizadores do Wear OS. Além disso, a Facer está a trabalhar na conversão de mostradores existentes que não sejam compatíveis com os novos formatos, para que uma grande parte do seu extenso catálogo possa ser aproveitada na nova plataforma.
O que este regresso significa para ti e para o teu smartwatch
Para ti, enquanto utilizador de um smartwatch com Wear OS, este regresso da Facer traduz-se, acima de tudo, numa maior liberdade criativa e num leque de opções de personalização substancialmente mais alargado. A possibilidade de aceder a uma biblioteca diversificada de mostradores, desde os mais informativos e repletos de dados até aos mais artísticos e minimalistas, sempre foi um dos grandes atrativos da Facer. Ter esta capacidade de volta, e com o selo de colaboração com a Google, é uma excelente notícia.
A grande questão: Desempenho e impacto na autonomia
Contudo, uma das grandes interrogações que surge sempre que se fala em mostradores de terceiros, especialmente aqueles que são visualmente mais elaborados ou que integram múltiplas funcionalidades e fontes de dados, é o seu impacto no desempenho geral do smartwatch e, de forma crucial, na autonomia da bateria. Como bem sabes, a duração da bateria é um dos pontos mais sensíveis e frequentemente criticados na maioria dos relógios inteligentes.
Embora os mostradores que se encontram disponíveis diretamente na Play Store tendam, regra geral, a ser bem otimizados, a experiência com algumas ofertas de terceiros no passado nem sempre foi a mais suave. Alguns utilizadores reportaram problemas de fluidez ou, mais comummente, um consumo excessivo de bateria que encurtava drasticamente o tempo de utilização do relógio com uma única carga. A experiência, como refere o artigo original, pode ser “incerta” (“hit or miss”), com alguns utilizadores a não terem quaisquer problemas e outros a sentirem dificuldades notórias.
Expectativa para o renascimento do Facer no Wear OS 6
Felizmente, parece que não teremos de esperar muito tempo para ver este “renascimento” da Facer a funcionar no Wear OS 6 e para tirar as nossas próprias conclusões sobre o desempenho e a otimização. A expectativa é elevada para perceber como esta colaboração entre a Facer e a Google se materializará na prática e que novas possibilidades trará aos utilizadores. Certamente que teremos mais notícias sobre este tema num futuro próximo, à medida que nos aproximamos do lançamento do Wear OS 6.
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