Quando se gasta mais de 1.800 euros num smartphone topo de gama, a última coisa que se espera é que a tinta comece a descascar ao fim de poucas semanas. No entanto, é exatamente isso que parece estar a acontecer com o novo Samsung Galaxy Z Fold 7. Vários utilizadores estão a partilhar imagens nas redes sociais que mostram a pintura do chassis a lascar e a sair, um problema que assombra a Samsung desde a geração anterior.
O mais preocupante é que este cenário repete um filme que já vimos. No ano passado, o Galaxy Z Fold 6 sofreu exatamente do mesmo mal, e a justificação da Samsung na altura levanta agora ainda mais questões. Aparentemente, o problema está longe de estar resolvido e a culpa pode não ser dos carregadores que tens em casa.

A desculpa do carregador já não cola
Quando os primeiros casos de tinta a descascar surgiram no Galaxy Z Fold 6, a Samsung apressou-se a encontrar um culpado: os carregadores de terceiros. A empresa emitiu um comunicado oficial onde explicava que o uso de carregadores não oficiais, com um mau isolamento elétrico, estava a degradar o processo de anodização da estrutura de alumínio do smartphone, resultando na falha da pintura.
No entanto, as novas queixas dos donos do Galaxy Z Fold 7 deitam esta teoria por terra. Vários utilizadores afetados garantem que, desde o primeiro dia, utilizaram exclusivamente o carregador oficial da Samsung. Se o próprio carregador da marca está a causar este problema, então a questão é muito mais grave e aponta para uma falha no processo de fabrico.
A causa mais provável, sugerida por vários utilizadores, parece ser um tratamento inadequado do alumínio durante a produção. O acabamento anodizado pode não ter aderido corretamente à estrutura metálica, criando pontos fracos onde a tinta acaba por se separar com o tempo e o uso normal.
Um problema “cosmético” que custa caro
A resposta do apoio ao cliente da Samsung tem sido, no mínimo, inconsistente. Alguns representantes descartam o problema como um mero “dano cosmético” que não afeta o desempenho do dispositivo, deixando os clientes com um smartphone de aspeto envelhecido e sem solução. Outros, mais sensatos, reconhecem a gravidade da situação, agendando a recolha do equipamento para avaliação ou escalando o caso para instâncias superiores.
Para um smartphone que custa o equivalente a um computador de topo, a qualidade cosmética não deveria ser uma questão secundária. A durabilidade do acabamento faz parte da experiência premium pela qual os utilizadores pagam. A Samsung precisa de assumir que este não é um problema de carregadores, mas sim uma falha no seu controlo de qualidade. O Galaxy Z Fold 7 merecia mais do que herdar os problemas da geração anterior, especialmente quando os clientes continuam a pagar um preço de luxo por tecnologia de ponta.
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