O visual das aplicações que usamos todos os dias está em constante evolução, e a Google, a gigante que define as tendências de design no Android, não é exceção. Nos últimos meses, a empresa tem vindo a promover uma mudança de identidade visual em todo o seu ecossistema, substituindo os blocos de cores sólidas por um estilo fluido em gradiente. Esta mudança, que se iniciou no ícone “G” da Google e no spark do Gemini, está agora a alastrar-se para duas das suas aplicações mais populares e amplamente utilizadas: o Google Maps e o Google Fotos.
A grande força motriz por trás deste makeover não é o design em si, mas sim a inteligência artificial. A Google afirma que os tons mais brilhantes e o design em gradiente simbolizam a “onda de inovação impulsionada pela IA e a energia criativa” que percorre todos os seus produtos. É uma jogada estratégica para ligar visualmente o seu ecossistema à nova era do Gemini.
O novo visual: mais limpo, mais fino e em gradiente
A mudança no ícone do Google Maps é a mais notável. O icónico pino de localização foi totalmente redesenhado para este novo visual.

Google Maps: o pino ficou mais elegante
O novo ícone do Maps mantém a sua forma de pino, mas passa por uma modernização significativa:
- Adeus às cores sólidas: Os blocos de cores anteriores foram substituídos por um gradiente suave que se funde entre as cores tradicionais da Google.
- Mais fino e maior: O ícone é agora mais fino no seu contorno, mas maior no seu tamanho geral, o que o torna mais fácil de identificar.
- Círculo interior ampliado: O orifício central do pino é visivelmente maior, e as antigas partições de dois tons de azul foram removidas para um visual mais limpo.
O novo design é um avanço visual claro. Substitui os segmentos rígidos e por vezes “antiquados” do design anterior por uma estética mais dinâmica e moderna.

Google Fotos: a roda que irradia cor
O ícone do Google Fotos, com a sua familiar forma de “cata-vento”, também foi alvo de um retoque. Embora o ícone continue a ter as suas quatro secções distintas de cor, a grande diferença é que cada uma dessas “pás” utiliza agora um gradiente que irradia do centro para as extremidades. Esta transição suave confere ao ícone um ar mais dinâmico e coeso, alinhando-o com o novo visual “fluido” do Gemini.
Porquê esta obsessão com o gradiente?
Para a Google, esta mudança de design vai muito além da estética. É uma ferramenta de branding para a era da IA.
- Unificação do Ecossistema: O gradiente torna-se o novo denominador comum. Depois do ícone principal “G” e do Gemini, a expansão para o Maps e o Fotos (e em breve para o Chrome, Play Store e Calendário) visa criar um ecossistema visualmente unificado. Esta coesão é importante para sinalizar aos utilizadores que, independentemente da aplicação que estão a usar, estão no universo inteligente e interligado da Google.
- Sinalizar a IA: O design em gradiente, com as cores a fundirem-se de forma fluida, é a forma visual da Google de representar a tecnologia de redes neurais e a fusão de informação que está no centro dos seus produtos de IA.

Quando chegam ao teu ‘smartphone’?
Embora a Google tenha revelado os novos designs (encontrados por leakers nas bases de código), os novos ícones ainda não estão disponíveis para todos. A transição está a ser gradual, e muitos utilizadores continuam a ver os designs de blocos de cores sólidas nas suas aplicações. A expectativa é que a Google continue esta atualização em fases “nos próximos meses”, alinhando gradualmente todos os seus produtos, plataformas e serviços com esta nova identidade.
Resta aguardar para ver quais serão os próximos ícones a serem “gradiente-izados”. Os candidatos óbvios, que ainda usam as divisões de cores sólidas, são o Chrome, a Play Store e o Calendário. A julgar pelo aspeto melhorado dos novos ícones, esta será uma mudança bem-vinda quando estiver concluída em todo o ecossistema.
Outros artigos interessantes:










