A justiça brasileira intentou uma ação judicial contra a Samsung pelas más conduções de trabalho na linha de montagem da Zona Franca de Manaus. O Ministério Público do Trabalho pede 250 milhões de reais (81,5 milhões de euros) à multinacional coreana.
Operários obrigados a trabalhar 10 horas consecutivas de pé foram detetados pelo Ministério Público do Trabalho, que assim abriu um processo contra a Samsung agora revelado pelo site Reporter Brasil e que já é notícia internacionalmente.
Aquele site brasileiro cita o Procurador Geral do Trabalho: “Essa Ação Civil Pública é importante porque o valor postulado possui um efeito pedagógico”, afirma Luiz Antônio Camargo de Melo, que também assina a ação. “A sujeição de trabalhadores a jornadas de 15 horas é algo inadmissível, especialmente em uma empresa do porte da Samsung”, completa o representante máximo do MPT.
A Samsung já reagiu à notícia, afirmando: “assim que recebermos a notificação sobre este caso, realizaremos uma análise do processo e cooperaremos plenamente com as autoridades brasileiras“, sublinhando que a multinacional estar comprometida “em oferecer aos nossos colaboradores ao redor do mundo um ambiente de trabalho que assegura os mais altos padrões da indústria em relação à segurança, saúde e bem-estar”.
Apesar desta afirmação de intenções, o Ministério Público do Trabalho brasileiro detetou ainda funcionários a fazer turnos de 15 horas e outros a trabalhar 27 dias sem qualquer folga.
As multinacionais da indústria mobile têm frequentemente sido acusadas de impôr condições de trabalho impróprias aos seus funcionários. Sob o foco dos media têm estado fundamentalmente as linhas de montagem que trabalham para a Apple na China. Agora é a vez da Samsung.
Fonte: Repórter Brasil
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